POSTOS SEM AGENDAMENTO
A menos de um mês para o eleitor regularizar o título junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 600 mil baianos ainda não compareceram a um posto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Nos primeiros 30 dias de regularização, dos 916.378 eleitores com títulos cancelados, apenas 324.539 compareceram a um dos postos de atendimento do TRE no estado. Na capital, dos 321.549 títulos cancelados, 101.739 foram regularizados em um dos 17 pontos de atendimento. O prazo limite para a regularização eleitoral é 9 de maio. Após essa data, o cadastro eleitoral será fechado.
Atendem com agendamento no site do TRE-BA as prefeituras-bairro do Subúrbio-Ilhas, Pau da Lima, Barra/Pituba e Cajazeiras; os shoppings Lapa e Paralela; e Câmara Municipal; e com agendamento no site do SAC os postos da Barra, Cajazeiras, Comércio, Periperi e o SAC Servidor (Boca do Rio). Salvador Estações do Metrô Pirajá, Bonocô e Estação Ferroviária da Calçada, das 7h às 16h; e CAP e cartórios (sede do TRE-BA na 1ª Avenida do CAB), das 8h às 18h
Afastados desde 7 de novembro de 2018, os prefeitos Agnelo Santos (Santa Cruz Cabrália), Cláudia Oliveira (Porto Seguro) e Robério Batista de Oliveira (Eunápolis), todos do PSD, voltaram aos cargos no sábado (7), após decisão liminar (provisória) no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
Eles haviam sido afastados pelo mesmo tribunal, no âmbito da Operação Fraternos, da Polícia Federal, que chegou a pedir a prisão dos três gestores, mas foi concedida apenas a condução coercitiva - quando a pessoa é obrigada a depor.
Cláudia e José Robério são casados, e Agnelo é irmão de Cláudia. Eles são suspeitos de integrar uma quadrilha para desviar, desde 2009, recursos públicos dessas prefeituras por meio de fraudes em 33 licitações cujos contratos somam quase R$ 200 milhões.
“Não justificava manter o afastamento, que estava mais parecido com uma cassação de mandato”, disse o advogado Maurício Vasconcelos, que defende José Robério e Cláudia. O CORREIO não conse- guiu contato com Agnelo.
A reportagem tentou contato com a PF de Porto Seguro para saber se já ocorreu o indiciamento dos três, mas não havia delegado disponível para dar informações.
Em outra ação, na esfera estadual e julgada em 7 de fevereiro, José Robério e Agnelo foram condenados por improbidade administrativa à perda dos direitos políticos e tiveram os mandatos cassados, mas recorreram ao Tribunal de Justiça da Bahia, que ainda não julgou o recurso.