Esporte Falta calibrar o pé
Se a máxima do futebol de que ‘atacante vive de gols’, valer para o Bahia, nos últimos jogos, a vida de Edigar Junio não tem sido muito boa como referência do ataque tricolor. Apesar do gol marcado sobre o rival Vitória no primeiro duelo da final do Campeonato Baiano, a fase artilheira e decisiva de Edigar parece ter ficado em 2017, quando marcou 15 vezes em 40 partidas com a camisa tricolor - sendo dez deles em nove rodadas da Série A.
É indiscutível que o retorno de Edigar como referência deixou o ataque tricolor mais poderoso, mas é preciso colocar o pé na forma. Até aqui, o jogador soma apenas cinco gols em 20 partidas entre Baianão, Copa do Nordeste, Campeonato Brasileiro e Sul-Americana.
Para se ter uma ideia, o garoto Júnior Brumado, reserva e que já surge como sombra a Edigar, contabiliza quatro tentos, um deles salvador aos 48 minutos contra o Santos. Já Hernane, que deixou o elenco no início de fevereiro, tem três, dois a menos que o camisa 11.
Contra o Atlético-PR, ontem, na Fonte Nova, Edigar voltou a fazer uma partida abaixo do que se espera dele. Em dia que o jogo coletivo do Esquadrão funcionou, ele não conseguia conectar as jogadas e era facilmente desarmado pela defesa atleticana. Para completar, perdeu uma chance clara, dentro da pequena área, em passe açucarado de Zé Rafael, que poderia dar ao Esquadrão o triunfo e posições próximas ao pelotão de frente.
A tônica tem sido a mesma na temporada: boas chances criadas, mas que acabam desperdiçadas e não são traduzidas em gol. De acordo com o site de estatísticas Footstats, Edigar somou seis finalizações nos três jogos em que fez na Série A.
O desempenho no Brasileirão não é nada animador: quatro erradas e apenas duas certas. Até aqui, falta a efetividade necessária para as aspirações do time em alçar voos maiores na temporada 2018. Pelo Bahia, Edigar Junio já provou sua qualidade técnica e faro de gol, mas é sempre bom lembrar que a carruagem passa. Brumado pede passagem e a camisa 9 ainda está vaga no elenco tricolor.