Incredulidade marca enterro da vítima
O velório do cabo da Polícia Militar José Luiz da Hora, 51, foi marcado por silêncio, incredulidade e incerteza quanto às causas da morte. O enterro do cabo, que fazia curso para subir de patente e virar sargento na PM, ocorreu no final da tarde de ontem, no Cemitério Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto.
“Ele era um cara muito correto. Tenha certeza de que os colegas que se equivocaram nunca mais serão os mesmos”, disse um PM ao CORREIO, sobre os tiros terem sido disparados por colegas policiais.
Familiares, amigos e conhecidos de José Luiz o descreveram como um homem ‘correto’. “Nunca ouvimos falar de qualquer ato que abonasse a conduta dele. E eu posso atestar como amigo de infância e profissionalmente. Ele era uma pessoa de muita hombridade profissional e um excelente ser humano”, disse um colega do Batalhão da Guarda que também cresceu ao lado do PM.
“Corretíssimo, não andava armado. Não sei por que aconteceu isso aí, uma fatalidade. Uma excelente pessoa”, disse outro colega que há 24 anos entrou na mesma turma que José Luiz na Polícia Militar.
Questionado sobre a hipótese de o cabo ter sido baleado por policiais, o irmão da vítima, o auxiliar de serviço gerais André Luís da
Hora, disse, nervoso: “A princípio, a família não sabe de nada”.