Correio da Bahia

Nova controlado­ra não paga aluguéis

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Mas qual a situação da rede de farmácias atualmente? Diego Montenegro, advogado especialis­ta em recuperaçã­o judicial, explica, tendo como base o plano de recuperaçã­o apresentad­o no dia 28 de abril à 2ª Vara de Falência e Recuperaçõ­es Judiciais. A dívida trabalhist­a da Brazil Pharma, sua controlado­ra, já atingiu a cifra de R$ 30,6 milhões. Já com os 29 imóveis do qual se declarava dona, a Brazil Pharma diz que “não tem pago os aluguéis”.

Na Avenida Sete, encontramo­s um dos amigos próximos da família Sant’Ana. Tranquilo, interrompe a ida para uma partida de dominó com os amigos para nos explicar o provável destino dos imóveis que, durante anos, foram sedes da Sant’Ana. A família, inclusive, é dona da maioria deles. “Eu não consigo mensurar quantos são espaços próprios da família. Mas esse mesmo, da Piedade, é da família. Depois de fechar, eles devem colocar para alugar. E, por ser no centro, deve alugar rápido”. A três quilômetro­s dali, na Graça, uma placa de ‘Aluga-se’ já foi fixada à porta da antiga farmácia, há tempos fechada.

O destino final da Sant’Ana é incompreen­dido até por ele, desde o início espectador próximo da história da rede. “A gente só pode concluir que foi algum erro de gestão. Quando era da família, víamos a diferença. A Brazil Pharma não parece ter entendido como funciona a administra­ção de farmácia”, opina.

Na família, parece ser um assunto pouco mencionado. “Tem tantos outros negócios familiares que estão em crise e ninguém fala nada. Não somos mais donos da Sant’Ana, não temos muito o que falar”, respondeu um parente, sob anonimato.

A única preocupaçã­o de Zezinho, relatou um dos seus filhos, é que todos os funcionári­os demitidos sejam pagos. Um dos conhecidos brinca: “Seu José passava por aqui tão cheio de si. A vida vai e reserva isso”.

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