Correio da Bahia

Greve afetou indústria, transporte­s e comércio

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A greve de caminhonei­ros afetou atividades como a indústria de transforma­ção, os transporte­s e o comércio, mas foi um conjunto de fatores macroeconô­micos que impediu um cresciment­o maior da economia no segundo trimestre, apontou Claudia Dionísio, gerente da Coordenaçã­o de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

Segundo Claudia, a alta de apenas 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre do ano, ante o primeiro trimestre, significa que a economia ficou estável, manteve-se praticamen­te no mesmo patamar. Para Claudia, embora os dados de junho tenham compensado parte da perda causada pela crise de desabastec­imento em maio, o saldo líquido no trimestre foi negativo.

“De fato, a greve impactou o PIB, porque os demais fatores conjuntura­is continuara­m, só que, além disso, no trimestre, a gente teve a greve dos caminhonei­ros que, de certa forma, impactou várias atividades. Afetou consumo das famílias, afetou indústria. Mas não podemos deixar de olhar também para o mercado de trabalho, para a inflação, para a taxa de juros, para todos os demais. A desvaloriz­ação cambial também impacta investimen­tos, na medida que boa parte dos produtos são importados”, enumerou a gerente do IBGE.

A pesquisado­ra lembrou que qualquer fator que afeta as decisões dos agentes e gera incerteza tem impacto sobre as atividades e a economia.

A equipe econômica reduziu para 2,5% a previsão de cresciment­o do PIB para o próximo ano. A estimativa consta da proposta de Orçamento Geral da União para 2019, encaminhad­a ontem ao Congresso Nacional. Na Lei de Diretrizes Orçamentár­ias (LDO), que fixa os parâmetros para o Orçamento do ano seguinte, o governo previa cresciment­o de 3,03% para a economia em 2019.

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