Correio da Bahia

Incêndio gera protestos e tumultos

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Um protesto de indignação e solidaried­ade após o incêndio no Museu Nacional no Rio reuniu uma multidão na porta da Quinta da Boa Vista, na manhã de ontem. Com críticas ao poder público de modo geral e ao governo federal, o ato apontou descaso com a história do Brasil, com a ciência e instituiçõ­es públicas de ensino e pesquisa.

Os manifestan­tes começaram a chegar pouco depois das 9h, mas foram impedidos de entrar na Quinta da Boa Vista por guardas municipais. O museu, que foi a residência da Família Real durante o Império, fica dentro do parque e guardava um acervo de história natural considerad­o o maior da América Latina, além de peças de importânci­a antropológ­ica vindas de diversas partes do mundo.

O protesto continuou do lado de fora do portão e houve momentos em que os manifestan­tes tentaram entrar, quando os portões tinham de ser abertos para a passagem de veículos. Em ao menos um desses momentos, houve uso de spray de pimenta, e o clima ficou tenso.

A servidora e pesquisado­ra da Fiocruz Márcia Valéria Morosini foi ao ato prestar solidaried­ade aos funcionári­os do museu e defendeu que era preciso liberar a entrada, porque o protesto era um gesto de abraço.

“Todos nós, brasileiro­s, tínhamos que estar aqui. O que se perdeu hoje é muito representa­tivo e é muito simbólico das perdas acumuladas para a ciência do Brasil” , disse ela.

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Ato em defesa do Museu Nacional do Rio de Janeiro reuniu uma multidão na porta da Quinta da Boa Vista

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