Bahia Tricolor tentará vencer o Palmeiras após se dar mal nos três confrontos anteriores
negociar em conjunto e buscar unidos novos valores para a competição.
Seria a solução para a volta do Sport? Como está a relação do clube com a Liga?
O Sport está fora, não vai participar da reunião (de amanhã) e não faz parte da Copa do Nordeste de 2019. Pode voltar a partir de 2020 se quiser, só depende dele. Mas 2019 já começou desde a seletiva (com jogos realizados em abril) e os participantes de Pernambuco já estão definidos.
Houve tentativa de reconciliação com o Sport?
Não obriguei Arnaldo (Barros, presidente do Sport) a sair da Liga. Foi uma posição do clube e tenho que aceitar. Agora, as portas da Liga estão abertas, não existe briga alguma. É um clube que pode voltar para a Copa do Nordeste em 2020 sem problema.
Bellintani (presidente do Bahia) e David (do Vitória) já criticaram o Nordestão ao CORREIO, pedindo valorização e diminuição do número de clubes. Como você recebeu as críticas? Quero deixar claro que a Liga é uma reunião dos clubes que participam da competição. Não é uma pessoa. Quem define o rumo do torneio são os clubes em assembleia. A partir do momento em que a maioria achar que tem que reduzir para 10, 12 participantes, vai ser assim. Essas reuniões servem para definir isso. Não sou eu que vou definir isso.
Em termos de formato, o que vai mudar para 2019? Serão dois grupos de oito times, com as equipes de um grupo contra as do outro. Teremos clássicos na primeira fase, porque, por exemplo, o Bahia vai ficar num grupo e o Vitória no outro. Também estamos negociando para que as partidas aconteçam nos finais de semana. Os clubes já concordaram com as mudanças e enviamos a proposta para a CBF, que está disposta a aceitar.
Que contrapartida será dada às federações para que abram mão dos finais de semana? Passa pela parte financeira. Estamos analisando os borderôs dos estaduais para ver o quanto arrecadam e garantir às federações o mínimo que elas teriam no final de semana. Algumas já aceitaram a proposta. Claro que alguns finais de semana continuariam com os estaduais, para que elas façam os clássicos. Temos que fazer um arranjo bem bolado.
Com a mudança de formato, o Nordestão passaria de 12 a 14 datas. Como será resolvido isso, já que o calendário está apertado? Seriam oito jogos na primeira fase e seis na fase final (ida e volta nas quartas, semifinal e final). É justamente o que estamos negociando com a CBF, para ver se teremos essas datas a mais. Se não tiver, a gente faz uma partida só nas quartas e nas semifinais, voltando para 12 (quantidade garantida).
Em 2018, o Nordestão dividiu espaço com Série A e Copa do Mundo. Em 2019, o torneio vai voltar a acabar antes do Brasileiro?
Estamos pleiteando isso, mas temos um problema muito sério que é a Copa América no Brasil. Por conta dela, os estádios serão liberados 15 dias antes. A CBF ainda não definiu o calendário de 2019, mas a gente fez o pedido. Apesar de que neste ano, a final aconteceu no meio da Copa e foi um sucesso.
O marketing e a divulgação da competição, inclusive a produção do sorteio, eram feitos pelo EI. Quem vai tomar conta disso agora?
O sorteio está garantido. Será no dia 4 de outubro em Maceió e a Turner vai bancar todos os custos. Estamos fechando com uma empresa que vai fazer a parte de marketing do torneio a partir do ano que vem. Mas teremos que montar uma estrutura própria, com funcionários da Liga. Será algo enxuto.
Seu mandato na Liga termina ao final deste ano. Será candidato à reeleição? Não. Acho que Eduardo (Rocha, atual vice-presidente da Liga e presidente do América-RN) está preparado. Vou continuar ajudando, mas meu mandato termina este ano. Meu candidato é Eduardo e a maioria dos clubes apoia porque vê que precisa de continuidade. Estamos num momento crucial e se tiver alguma mudança, podemos ter um problema. Até onde conversei, Bahia e Vitória concordam.
Como avalia estes seis anos como presidente?
Quem tem que avaliar é o público. Para mim, foi muito gratificante. Tornamos a competição cada vez mais atrativa e mudamos o formato até o atual, que é mais ou menos o ideal. Temos que procurar melhorar, mas as receitas dos clubes do Nordeste cresceram muito nesse período.
Saindo da Liga, vai voltar a se dedicar ao Vitória?
Não. Posso garantir que não serei mais presidente do Vitória. Nos últimos quatro anos, o Vitória teve quatro presidentes. Eu passei oito anos. Minha contribuição já foi feita e tem pessoas muito boas que podem ajudar o clube. A semifinal da Copa do Brasil vai colocar frente a frente as duas maiores torcidas do país. Hoje, às 21h45, Flamengo e Corinthians fazem no Maracanã o jogo de ida na corrida por uma vaga na decisão. Uma disputa que já começou fora de campo.
Após estrear com derrota no clássico contra o Palmeiras, o técnico Jair Ventura deve contar com o retorno do lateral Fagner, recuperado de lesão. O jogador é o pivô de Palmeiras e Cruzeiro fazem hoje, às 21h45, no Allianz Parque, em São Paulo, o jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. No banco das equipes, dois especialistas na competição.
Pelo lado palmeirense, Felipão ressurge como principal trunfo. Ao todo são quatro títulos de Copa do Brasil, dois pelo próprio Palmeiras (1998 e 2012). E para chegar em mais uma decisão, Felipão polêmica já que foi cortado da convocação para os amistosos da Seleção Brasileira justamente por conta da lesão. Os rubro-negros prometem acionar a Fifa caso ele entre atue no duelo.
O Flamengo, inclusive, vai contar com os reforços de Paquetá e Cuellar, que atuaram ontem nos EUA por Brasil e Colômbia, respectivamente. O Fla montou uma operação que contou voo fretado para trazer os atletas ao Brasil. vai mexer na equipe. Thiago Santos e Borja entram nas vagas dos suspensos Felipe Melo e Deyverson.
Atual campeão do torneio, Mano Menezes ostenta dois títulos, o suficiente para ser o segundo maior vencedor do duelo. Na busca pelo bicampeonato, ele vai ter o retorno do zagueiro Dedé, que atuou ontem pela Seleção Brasileira. Arrascaeta é outro que deve pintar no time.