Ensino a distância dá salto
nior ganharam dia 12 de setembro o primeiro lugar do “Laureate Award for Excellence in Robotics Engineering”, em Lima, no Peru.
A perda de de tempo com greves e a falta apoio para desenvolver projetos de interesse estão entre as principais justificativas de quem busca o ensino superior privado, na avaliação do psicoterapeuta Vitoriano Garrido, que atua como Couch e é diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) na Bahia.
“Temos visto que as instituições públicas vêm sofrendo com cortes de gastos, de incentivos governamentais para a pesquisa e extensão, então isso faz com que as pessoas busquem locais onde possam ter reais possibilidades de crescer. Mesmo sendo tradicionais, as universidades públicas deixaram de ser as melhores opções”, disse.
Garrido orienta que na escolha de uma instituição ou curso as pessoas pesquisem no site do MEC a pontuação do Índice Geral de Cursos (IGC), que mede tanto a instituição como um todo quando cursos específicos, e é composto por avaliações que incluem a estrutura, o desempenho dos alunos e dos professores.
Consultor em educação e avaliador do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), do Inep, Ricardo Marques observa que as faculdades privadas estão buscando se adequar cada vez mais à realidade do mercado, com aperfeiçoamento da qualidade do ensino, mas ainda precisa avançar mais na pesquisa e extensão, um papel que ele avalia como mais ativo por parte das instituições públicas.
“A vantagem das particulares é que elas estão antenadas. Na era digital, elas se adequam à necessidade do mercado, acabam sendo mais ágeis a se adequarem aos novos tempos. Cada uma tem desenvolvido peculiaridades diferenciadas. Já as universidade públicas, ainda tem as dificuldades, por conta das greves, o que atrapalha um pouco a vida dos estudantes”, comentou.
Um em cada cinco estudantes matriculados no ensino superior estuda a distância, de acordo com o Censo da Educação Superior divulgado ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Enquanto o ensino presencial apresentou queda nas matrículas, a educação a distância (EaD) registrou o maior salto desde 2008.
Segundo os dados do censo, as matrículas em EaD cresceram 17,6% de 2016 para 2017. Os estudantes de educação a distância (EaD) chegaram a quase 1,8 milhão em 2017 – o equivalente a 21,2% do total de matrículas em todo o ensino superior.
O número de cursos no país também aumentou, de 2016 para 2017, passou de 1.662 para 2.108, o que representa aumento de 26,8% – maior crescimento desde 2009, quando o país passou dos 647 cursos registrados até 2008 para 844 cursos.
No total, o ensino superior tem 8,3 milhões de estudantes em cursos de graduação. Desses, 6,5 milhões estão matriculados em cursos presenciais. Ao contrário do que ocorreu nos cursos de EaD, o número de estudantes nos presenciais caiu 0,4% de 2016 para 2017.
A maior parte dos estudantes está matriculada em instituições de ensino privadas, com 75,3% das matrículas. Quando se trata apenas de EaD, essa porcentagem aumenta, as instituições particulares de ensino superior respondem por 90,6% dos estudantes.
O percentual de professores formados em cursos EaD aumentou em 2017. Segundo os dados do Censo, em 2016, cerca de 42,1% das matrículas em licenciaturas eram a distância. Esse percentual passou para 46,8% em 2017. Ao todo, as licenciaturas representam 19,3% das matrículas no ensino superior.
Em relação à formação dos professores que atuam nos cursos EaD, segundo o censo, eles são, em grande parte, mestres. Enquanto na educação presencial os professores com doutorado representam 51,1% do total, na EaD, eles representam 41,8%; outros 46,5% têm a formação até o mestrado.
A educação a distância tem conquistado também os cursos tecnológicos, com 46% do total das matrículas. Esses cursos, que podem durar dois ou três anos, são geralmente mais curtos que os bacharelados, mais voltados para a inserção no mercado de trabalho e representam 12,1% do total de matrículas no ensino superior.
Para o ministro da Educação, Rossieli Soares, o crescimento das matrículas é importante, mesmo que em 2017 tenha se dado na modalidade a distância. “EaD ou presencial, ambas modalidades são possíveis e são importantes, considerando a realidade, a forma de acesso. Mas é importante também que trabalhe sempre dentro de uma perspectiva de qualidade seja ela presencial ou a distância, observada a regulação”, disse o ministro.