Mais quatro anos
Apresentação de orquestra sinfônica, sons dos atabaques dos Alabês, ritual de estudantes indígenas e presença de membros do Axé do Recôncavo. Na recondução do reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), João Carlos Salles, e do vice-reitor, Paulo Miguez, ontem, não faltaram cultura, música e ancestralidade, na Reitoria.
“Eu sou de Cachoeira e isso deveria explicar tudo”, afirmou o reitor sobre as apresentações. Salles e Miguez ficarão à frente da instituição por mais quatro anos, no período de 2018 a 2022. O decreto de recondução do reitor foi assinado pelo presidente da República em 13 de agosto deste ano.
Na última eleição para o reitorado, eles compuseram a chapa única Somos Ufba e foram eleitos com 97% do total de votos. O reitor ressaltou, em seu discurso, a dificuldade financeira e política que a universidade enfrenta. Afirmou que sua busca é por manter um centro de excelência acadêmica.
“Universidade pública, gratuita, inclusiva e de qualidade”, conceituou Salles. Citou ainda a responsabilidade social da Ufba.
“Os sucessos da nossa gestão não são só nossos, são de uma equipe da Ufba e de todas as unidades dela. A quebra da aura da universidade resulta, em grande parte, de fatores externos. A universidade não estaria ameaçada se não estivesse igualmente ameaçada a própria sociedade e a vida democrática no nosso país”, avaliou o reitor, que falou em reagir em defesa do projeto da universidade.
O vice-reitor, Paulo Miguez, relembrou os feitos realizados nos quatro anos de gestão e falou sobre os desafios dos próximos anos. “Nos últimos quatro anos, nós melhoramos consideravelmente nas avaliações nos nossos cursos de graduação e pós-graduação. Retomamos e concluímos obras importantes. Melhoramos a capacidade de manutenção da Universidade, expandimos a nossa presença com a criação do campus de Camaçari. Criamos a Ouvidoria como forma de toda e qualquer forma de discriminação, realizamos dois congressos e debates históricos sobre te- mas centrais brasileiros, disse ele.
O vice-reitor afirmou que as vitórias “são ainda mais importantes porque foram alcançadas sem que a obrigação de formar cidadãos tenha sido colocada de lado. Sem que tenha aberto mão do compromisso com as causas do povo brasileiro”, completou, em discurso.