Correio da Bahia

Petista diz que quer unir os democratas

- Das agências

O candidato do PT à Presidênci­a, Fernando Haddad, adotou ontem um discurso de união nacional e disse que pretende ampliar a aliança em torno de seu nome para “além dos partidos” na segunda etapa da disputa contra Jair Bolsonaro (PSL). Haddad fará mudanças em seu programa de governo, para atrair apoios, e também em sua equipe. A nova linha da campanha traz o slogan “Juntos pelo Brasil do diálogo e do respeito” e diz que a esperança vencerá o ódio.

“Queremos unir os democratas do Brasil, os que têm atenção aos mais pobres. Queremos um projeto amplo para o Brasil, mas que busque justiça social”, declarou. Em seu discurso, agradeceu a família, o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após ser confirmada sua passagem para o segundo turno, o petista recebeu telefonema­s de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

Antes do resultado, o petista já havia pregado a conciliaçã­o. “O momento agora exige que nós estendamos a mão para os brasileiro­s e brasileira­s que, independen­temente de partidos, queiram contribuir com a reconstruç­ão democrátic­a do país”, afirmou Haddad. “Vamos procurar personalid­ades, pessoas que tenham uma biografia de serviços prestados para ampliar e para governar com unidade, pela reconstruç­ão democrátic­a do país”.

Haddad afirmou que muita coisa está em jogo nesta eleição, incluindo o pacto da Constituin­te de 88, e que vai começar a campanha hoje. "Nós não portamos armas", disse o candidato.

O petista disse esperar um segundo turno “mais civilizado” e fez acenos a Ciro, Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), seus ex-companheir­os de Esplanada no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso da Lava Jato. “Eu tenho o maior respeito pelos que concorrera­m no primeiro turno, sobretudo aqueles com quem eu trabalhei. Trabalhei com Marina, com Ciro, com o Meirelles no governo Lula. Tenho o maior respeito e admiração pelo trabalho que eles realizaram”, afirmou.

Haddad bateu na tecla de que, no segundo turno, Bolsonaro terá de se expor. “Ele tem muita dificuldad­e de debater. Não tem equipe, não tem projeto. É um político profission­al, tem 28 anos de estrada e pouco serviço ao país e vai poder se apresentar agora com um pouco mais de clareza”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil