Candidatos começam a desenhar seus apoios
Depois de encerradas as apurações e decretado o segundo turno das eleições com os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na disputa pela Presidência da República, os outros postulantes começaram a se pronunciar sobre os próximos passos na corrida eleitoral.
O candidato do PDT, Ciro Gomes, disse, ontem, que ainda vai se reunir com o partido para decidir a posição para o segundo turno. Contudo, antecipadamente, ele garantiu que não deve apoiar Bolsonaro. “Ele não, sem dúvida”, disparou Ciro. O cearense foi o terceiro colocado no primeiro turno, com mais de 13 milhões de votos, 12% dos votos válidos.
Ciro ainda falou que vê com “angústia e preocupação” a divisão do país, mas afirmou que seguirá lutando contra o que classificou de fascismo. “Uma coisa eu posso adiantar logo, como vocês já viram: minha história de vida é uma história de defesa da democracia e contra o fascismo”, disse.
O candidato do PDT também afirmou que encerra sua campanha com sentimento de “profunda gratidão ao povo brasileiro”.
O tucano Geraldo Alckmin também falou, ontem, logo após o encerramento da contagem dos votos. Ao lado da esposa, da vice Ana Amélia (PP) e de correligionários, o ex-governador de São Paulo revelou que se reúne amanhã com a executiva do PSDB para definir quem o partido apoiará na disputa do segundo turno.
“Nós vamos reunir na terça-feira a executiva nacional, em Brasília, para fazer uma avaliação do processo eleitoral e também tomar posição em relação ao segundo turno e ao segundo turno nos demais estados”, falou.
Em sua segunda tentativa de se eleger presidente, Alckmin ficou em quarto lugar com 4,77% dos votos válidos, o que representou pouco mais de 5 milhões de votos. Em seu discurso, o tucano reiterou sua convicção na democracia. “Quero reafirmar aqui nossa convicção na essência do regime democrático. Não tem poder que não seja legitimado pelo voto, pela expressão popular. Essa é a manifestação do amor e a nossa fé inquebrantável no Brasil”, falou.
A candidata da Rede, Marina Silva, foi a primeira a se pronunciar assim que foi confirmado o resultado do primeiro turno. Aos repórteres, ela garantiu que estará na oposição “independentemente” de quem ganhe a disputa.