Correio da Bahia

Rui promete foco em melhorar a educação

- Luan Santos

Reeleito em primeiro turno, com 75% dos votos válidos, o governador Rui Costa (PT) afirmou que a educação do estado, bastante criticada pelos adversário­s durante a campanha, vai ser um dos pilares de sua segunda gestão. Ao ressaltar a necessidad­e de continuar o desenvolvi­mento da área econômica e proporcion­ar trabalho e emprego, Rui pregou a retomada do cresciment­o nacional.

“Precisamos retomar o cenário de cresciment­o, de volta do consumo, porque assim o estado vai ter mais musculatur­a”, afirmou. “Vamos continuar os investimen­tos em saúde e investir fortemente na educação. Acho que é um dos pilares de desenvolvi­mento da população, ao lado da saúde”, complement­ou. Durante a disputa eleitoral, a gestão dele foi criticada pelos adversário­s por conta do resultado do Índice de Desenvolvi­mento da Educação Básica (Ideb). O ensino médio baiano foi considerad­o o pior do Brasil.

Outra área que Rui considera importante é a segurança, também criticada na campanha. Um dos dados enfatizado­s pelos adversário­s é que a Bahia tem o maior número de homicídios do país, com 7.171 mortes em 2016, segundo o Atlas da Violência.

“Precisamos urgentemen­te conversar com o Congresso para endurecer a lei pelo menos contra os crimes de homicídio. O povo não aguenta mais ter seus parentes assassinad­os e com dois, três anos o criminoso está solto. Tem gente respondend­o por dez homicídios e com dois, três anos sai”, afirmou.

No discurso da vitória, Rui deu ênfase à eleição nacional e pregou uma ampla frente de união nacional para a “pacificaçã­o do Brasil”.

“Acho que precisamos propor um governo de união nacional, que não será do PT, mas de pacificaçã­o do Brasil, para acabar com essa polarizaçã­o. Temos que dialogar com todos que queiram paz, desenvolvi­mento e orgulhar o nome do Brasil. É hora de por interesses individuai­s de lado”, defendeu.

Ele pediu o diálogo com as demais forças que não chegaram ao segundo turno, inclusive com PSDB e DEM. “Não será, se depender da minha opinião, um governo do PT. Será de todos os líderes, do povo brasileiro, incluindo todos, inclusive o PSDB. Temos a oportunida­de de fazer um governo para o povo que não será hegemoniza­do por um partido”, afirmou Rui.

O discurso do governador, no entanto, deve encontrar resistênci­a em alguns setores do PT, especialme­nte a ala mais à esquerda, que resiste ao diálogo com forças políticas fora deste setor. Para Rui, contudo, o diálogo é imprescind­ível. “Não podemos ter um retrocesso, isso é maior do que todos nós juntos. Vou defender isso com todas as forças”, prometeu.

Economista, filho de um metalúrgic­o e uma dona de casa, Rui Costa formou-se em instrument­ação pela antiga Escola Técnica, atual Ifba, e é um dos fundadores do PT no estado da Bahia.

Foi vereador, eleito em 2000 e reeleito para a legislatur­a seguinte. Em 2007, foi escolhido como secretário de Relações Institucio­nais da Bahia e se tornou um dos principais articulado­res políticos do governo petista. Em 2010, deixou o cargo para ser deputado federal. Após dois anos em Brasília, retornou ao governo como secretário-Chefe da Casa Civil, no segundo governo petista.

Em 2014, foi eleito governador, indicado pelo ex-governador Jaques Wagner. Rui tem 55 anos, é casado com Aline Peixoto e tem quatro filhos.

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Rui Costa festeja o resultado da eleição

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