Equipe é impedida de falar sobre CPMF
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) desautorizou, ontem, por meio de suas redes sociais, quaisquer informações de sua equipe passadas à imprensa. A medida foi tomada após o jornal O Globo afirmar que técnicos da área econômica da equipe do novo governo estudam a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF).
“Desautorizo informações prestadas junto a mídia por qualquer grupo intitulado ‘equipe de Bolsonaro’ especulando sobre os mais variados assuntos, tais como CPMF, previdência, etc”, afirmou. Ele citou diretamente os temas que já foram objeto de divergência entre membros da equipe econômica e seus assessores mais próximos da área política.
A última semana da cúpula do presidente eleito foi tomada por conflitos entre os seus integrantes, o que tem tornado difícil uma definição da agenda de transição. Os principais assessores do deputado se desencontraram ao anunciar medidas que iriam ser tomadas em pelo menos quatro episódios.
Ainda na manhã de ontem, após reunião com Bol- sonaro, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não respondeu perguntas sobre a possibilidade da volta da CPMF para financiar a Previdência, sobre novos nomes para os ministérios, nem sobre o fato de vários órgãos da imprensa terem sido barrados na coletiva concedida por Bolsonaro na última quinta-feira.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse, na tarde de ontem, que a adoção de um imposto sobre movimentação financeira é positiva. “Imposto sobre movimentação financeira é positivo. Arrecada e fiscaliza”, afirmou na publicação no microbolog Twitter.
Gleisi também se referiu ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que negou informações a respeito do retorno da CPMF. “Mas o eleito negou a intenção durante a campanha. Agora cheira a estelionato”, disse.