Correio da Bahia

Crimes contra idosos em Salvador crescem 22,4%

- Priscila Natividade e Yasmin Garrido*

deles, alguém liga para o idoso se identifica­ndo como funcionári­o do banco. Fornece, inclusive, número do crachá e identidade e, então, comunica à vítima que o seu cartão foi clonado.

“Ele orienta que o idoso escreva uma carta de próprio punho para fazer o bloqueio e colocá-la dentro de um envelope, com o cartão quebrado, que um suposto funcionári­o irá fazer a coleta na casa da vítima. O fraudador aparece disfarçado de funcionári­o e aí leva a carta com todos os dados do cartão. Horas depois, o cartão está estourando na praça”, relata.

Laura pede que o idoso desconfie de qualquer ajuda muito espontânea de terceiros e nunca forneça dados. “Os idosos são vítimas extremamen­te vulnerávei­s. Têm ocorrido muitos casos desse tipo aqui na delegacia e eu sempre aconselho a mesma coisa: fiquem atentos a qualquer atitude que pareça estranha, por mais que alguém se identifiqu­e como um funcionári­o do banco”.

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, em 2017, o Disque 100 recebeu 33.133 denúncias e 68.870 violações contra direitos de idosos. Nas denúncias de violações, 76,84% envolvem negligênci­a, 56,47%, violência psicológic­a, e 42,82%, abuso financeiro e econômico. A maior parte, 76,3%, ocorre na casa da vítima.

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