Correio da Bahia

Show Caetano Veloso volta a Salvador com o show Oração, no qual divide o palco com os filhos Moreno, Tom e Zeca

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Patrimônio do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, do qual é presidente de honra, e da música popular brasileira, o sambista carioca Monarco, 85 anos, esquece um pouco o seu amor pela maior campeã do Carnaval do Rio e interpreta 16 canções de amor e desilusão no álbum Monarco de Todos os Tempos (Biscoito Fino).

Autor (com Ratinho) de Vai Vadiar e Coração em Desalinho, sucessos de Zeca Pagodinho, ídolo de Paulinho de Viola e Marisa Monte, e único remanescen­te da formação original da Velha Guarda da Portela, Monarco é mestre na arte de compor samba tradiciona­l e, também, é o melhor intérprete de si mesmo, com sua voz vigorosa, áspera e negroide.

Primeiro álbum de Hildmar Diniz (seu nome de batismo) em quatro anos, Monarco de Todos os Tempos tem participaç­ões especiais de Alcione e Zeca Pagodinho em Uma Canção Pra São Luís e Seu Bernardo Sapateiro, respectiva­mente, e homenageia a grande Dona Ivone Lara (1921-2018) em Obrigado Pelas Flores, gravada originalme­nte por Beth Carvalho.

Apesar de alguns sambas falarem de tristezas, o novo álbum, segundo o artista, “foi feito num mar de alegria”, o que inclui o fato do filho Mauro Diniz ter produzido o trabalho, feito os arranjos, tocar cavaquinho em todas as faixas e dividir a autoria de seis delas com o pai. Ex-camelô, feirante, guardador de carro e operário faz-tudo da ABI, Monarco é doutor em sensibilid­ade.

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Martinho da Vila faz show de lançamento do álbum, hoje, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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