Bolsonaro chega hoje a Brasília e inicia transição
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chega a Brasília, hoje pela manhã, para dar início aos trabalhos de transição. Será a primeira vez depois de eleito que Bolsonaro visita a capital. Em entrevista à Band TV, ontem, ele adiantou que o Ministério das Comunicações deve ser fundido com a pasta da Ciência e Tecnologia, a cargo do astronauta Marcos Pontes (leia adiante).
Bolsonaro participa hoje de uma sessão especial no Congresso Nacional em comemoração aos 30 anos da Constituição de 1988. Ele também terá encontros com os chefes dos poderes Legislativo e Judiciário, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) e a ministra Rosa Weber, respectivamente. Amanhã, Bolsonaro tem agenda com o presidente Michel Temer (MDB).
Uma lista com 27 nomes integrantes da equipe que ficará responsável por estruturar o início da gestão do presidente eleito foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem. Entre os integrantes está o do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que lidera o grupo na condição de ministro extraordinário, e dos outros futuros ministros de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes, o general Augusto Heleno, que assumirá a Defesa, além de Marcos Pontes.
Onyx, que fez a primeira reunião com parte do grupo de transição, hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde deve despachar durante esse período, criou 10 grupos técnicos para tocar a transição: Desenvolvimento regional; Ciência, tecnologia, inovação e comunicação; Modernização do Estado; Economia e comércio exterior; Educação, cultura e esportes; Justiça, segurança e combate à corrupção; Defesa Infraestrutura; Produção sustentável, agricultura e meio ambiente; Saúde e assistência social.
Em entrevista, ontem, à Band TV, Bolsonaro disse que o Ministério das Comunicações deverá ficar junto com a pasta da Ciência e Tecnologia, que será comandada pelo astronauta Marcos Pontes. Ele disse que o nome para o Ministério das Relações Exteriores ainda não foi divulgado porque o convite ainda está em fase de “namoro”.
Uma das fusões propostas pelo grupo de Bolsonaro está encontrando resistência no setor produtivo. Numa tentativa de evitar que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) seja engolido pela criação do ‘superministério’ da Economia, o atual ministro, Marcos Jorge, vai endossar, com a equipe de transição do presidente eleito, a ideia colocada por entidades que propõe a fusão da pasta responsável por políticas industriais com o Ministério do Trabalho.
Esse desenho, segundo o atual ministro, permitiria sinergia maior do que a reorganização prometida pelo governo que toma posse em janeiro. O desconforto dos empresários com a incorporação do MDIC numa pasta de Economia foi adiantado em reportagem publicada ontem pelo jornal Valor Econômico.
Segundo a matéria, dez entidades representantes do setor industrial levaram a Onyx Lorenzoni uma proposta para
Bolsonaro se encontra com Michel Temer (MDB) a criação do Ministério da Produção, Trabalho e Comércio, resultado da fusão do MDIC com o Trabalho. Bolsonaro não mencionou o fato durante a entrevista.
O presidente eleito disse, ainda, que “não está batido o martelo” sobre a reforma da Previdência com o economista Paulo Guedes. Ele disse ver com “desconfiança” a ideia de Guedes de substituir o modelo atual por um