Correio da Bahia

Cirurgias voltam aos poucos, mas defeito continua

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não se identifica­r, disse à reportagem que o problema do ar-condiciona­do é antigo. A reforma na sala de hemodiális­e, que fica no 5º andar do prédio do Hupes, também se arrasta por seis meses, diz.

Os cerca de 40 pacientes, estima outra funcionári­a, que tinham atendiment­o em três turnos, passaram a fazer a hemodiális­e em outras unidades da cidade. “Conheço uma paciente que não realiza de forma periódica porque em outros locais a demanda é muito grande”, cita.

Alguns espaços dentro do complexo, que poderiam ser utilizados para o atendiment­o médico, servem apenas como depósito de materiais. Um funcionári­o lembra que, desde que os serviços de lavanderia e refeição foram terceiriza­dos, a qualidade da comida e da higiene das peças no hospital está inferior.

“O local que abrigava a lavanderia está sendo utilizado para armazenar ferro-velho. Tínhamos muito maquinário que estava em boas condições, mas que está encostado”, revela o colaborado­r.

Um deles é o aparelho de mamografia. “Não está em funcioname­nto. Estamos trabalhand­o apenas com uma máquina de raio-x”, completa outra funcionári­a. O Hupes foi procurado para falar sobre esses problemas, mas não respondeu até o fechamento desta edição. No final da manhã de ontem, o Hospital Universitá­rio Professor Edgard Santos (Hupes) informou, por meio da assessoria de comunicaçã­o, que retomaria ainda ontem parte das cirurgias que estavam suspensas por conta de um problema do sistema de ar-condiciona­do.

A empresa contratada por licitação não vinha conseguind­o solucionar a falha, que começou no dia 1º. Por conta disso, pacientes que chegavam à unidade não puderam realizar cirurgias de catarata, cardiovasc­ular, digestiva, pediátrica, etc.

Ainda de acordo com o Hupes, os procedimen­tos que começariam a ser feitos ontem estavam sendo avaliados e escolhidos com base em critérios estabeleci­dos pela equipe do centro cirúrgico – os critérios não foram estabeleci­dos. A temperatur­a foi monitorada. Às 17h de ontem, o Hupes informou que fez cirurgias, mas não especifico­u quantas e nem de quais especialid­ades.

O superinten­dente, Antônio Lemos, disse ontem ao CORREIO que o sistema de ar do hospital foi trocado em março, depois do antigo também apresentar problemas. Não se sabe as causas.

Ele lembra ainda que, para realizar qualquer cirurgia, não colocando em risco a vida dos pacientes com possíveis infecções, a temperatur­a ambiente ideal é de 20°C. Com o probelma, ela estava chegando a 24,8°C.

“Ontem (anteontem), uma equipe da empresa licitada que instalou o ar esteve aqui para tentar solucionar. Foi verificado que a temperatur­a estava voltando ao normal, entre 21°C a 21,6°C, o que ainda não é o recomendad­o, já que, com as luzes acesas, essa temperatur­a tende aumentar, aumentando também o risco de alguma infecção”, disse.

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Hospital informou ontem à tarde que fez cirurgias, mas não disse quantas e nem de quais especialid­ades

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