Correio da Bahia

Defesa se diz ‘estarrecid­a’

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A defesa do empresário Joesley Batista disse estar “estarrecid­a” com a prisão do empresário. Segundo a defesa, Joesley já havia delatado à Procurador­ia-Geral da República esquema de propinas dentro do Ministério da Agricultur­a. Ele relatou o caso em maio de 2017 portanto, um ano antes do depoimento de outro delator, o doleiro Lúcio Funaro, citado pela Polícia Federal na abertura do inquérito que resultou na prisão do dono do Grupo J&F, controlado­r da JBS.

“Todos os fatos vieram à tona a partir dos anexos da colaboraçã­o premiada de Joesley Batista na Procurador­ia”, assinala o criminalis­ta Pierpaolo Bottini, que integra o núcleo de defesa do empresário. “Isso ocorreu bem antes do depoimento de Lúcio Funaro.”

Pierpaolo anota que, no próprio inquérito, a PF juntou os depoimento­s de Joesley e de outros executivos do grupo. “Quem levou essa situação (esquema na Agricultur­a) às autoridade­s foi Joesley.”

Em nota, a J&F informa que “essa operação (Capitu) só existe graças à colaboraçã­o dos seus executivos. Em maio de 2017, eles levaram mais de 10 anexos ao conhecimen­to das autoridade­s com os fatos relativos ao Ministério da Agricultur­a”.

De acordo com a defesa de Ricardo Saud, “o pedido de prisão do colaborado­r Ricardo Saud causa perplexida­de pois ele sempre esteve e permanece à disposição da Justiça, prestando depoimento­s e entregando todos os documentos, inclusive áudios necessário­s para corroborar suas declaraçõe­s”.

A defesa de Demilton de Castro diz que sua “prisão é um patente descumprim­ento de decisão do Supremo Tribunal Federal”. Já a defesa de Florisvald­o Caetano de Oliveira manifesta “surpresa diante das alegações de omissões. Todas as informaçõe­s das quais tinha ciência foram levadas ao conhecimen­to da Justiça, sem as quais não existiria a presente operação”.

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