Atrasada, Bahia ainda não realiza cirurgias com robô
Existem três tipos principais de tratamento quando ocorre o diagnóstico de um tumor maligno na próstata, sendo o mais avançado, com a ajuda de um robô - tecnologia que chegou ao Brasil em 2009, mas ainda parece longe de aportar na Bahia.
De acordo com o urologista Nilo Jorge Leão, que já participou de mais de 200 cirurgias robóticas em outros estados, o robô, batizado de Da Vinci, “elimina o tremor da mão do cirurgião e os cortes são mais precisos”, fazendo com que o sucesso da intervenção seja maior e a recuperação do paciente idem. A intervenção, explica ele, é controlada através de um console (espécie de simulador), que dá uma visão 3D da área a ser operada, com ampliação da imagem em dez vezes.
“Já passou da hora de Salvador ter um robô como esse. Recife, Fortaleza e Belém já têm. Isso faria com que eu pare de viajar para São Paulo, mensalmente, para operar meus pacientes”, comenta o cirurgião, que coordena o Setor de Uro-oncologia das Osid. Atualmente, são 39 plataformas robóticas funcionando no país. “A recuperação e os resultados funcionais são muito acima da média”, destaca.
O oncologista clínico Vinicius Carrera, da Clínica
AMO, explica as demais formas de tratamento. “Quando descobre-se de forma precoce, o tumor é pouco agressivo. Neste caso, há uma modalidade muito adotada, que é a vigilância ativa. Isso nada mais é que monitorar o câncer, sem que ele necessariamente seja tratado, porque em muitos casos ele não tem a capacidade de se tornar mais agressivo e prejudicar o paciente”, conta.
A terceira alternativa é a radioterapia. “Esse tratamento envolve uma radiação dirigida de forma calculada para o tumor, poupando as áreas que não devem ser tratadas”, completa Carrera.