Qual a hora certa de fazer os exames?
Se você é do sexo masculino e acaba de virar um cinquentão, uma coisa é certa: a partir de agora, uma vez por ano, religiosamente, você terá de comparecer ao urologista para fazer uma consulta, com o bônus, quase certo, do exame de toque retal. No entanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), há uma minoria que precisa antecipar essa agenda em cinco anos.
“Pacientes que tenham fatores de risco, como a população da raça negra (saiba mais abaixo), e pacientes que tenham histórias na família, como parentes de primeiro ou segundo grau que tiveram a doença, devem passar a fazer a partir de 45 anos”, explica o urologista Bruno Falcão Santos.
O colega dele, Wagner Coêlho Porto, concorda, e reforça que um outro grupo também precisa marcar na agenda a visita anual ao urologista a partir dos 45. “Estudos comprovam que além do fator hereditário e de indivíduos de raça negra, é bom incluir aí também os indivíduos obesos”, recomenda ele, explicando que, entre os homens acima do peso, a doença também costuma ser mais agressiva.
“Para quem tem histórico de câncer de próstata na família, principalmente parentes de primeiro grau, como pai ou irmãos, o risco chega a ser seis vezes maior do que a população em geral”, reforça o urologista Nilo Jorge Leão. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018, são previstos 68 mil novos casos da doença no país. Não. O exame, quando há dor, tem alguma coisa alterada. A dor está relacionada mais a problema do reto, do início, não é nem da próstata. O exame de rastreamento que a gente faz não dói, só incomoda. Se o paciente sente dor, ele deve informar ao médico. Mas, para desmistificar, é um exame indolor, que demora entre cinco e sete segundos apenas.