Último ato
Bahia e Vitória escreverão hoje o quinto e último capítulo do maior clássico do Norte-Nordeste em 2018. Não faltaram gols, emoção, suor e também uma dose desnecessária de violência na história dos quatro confrontos disputados nesta temporada, mas ainda há muita tinta para o encontro das 16h, no Barradão.
O clássico comemora o aniversário do santuário rubro-negro, que completa 32 anos hoje. Em jogo de torcida única, apenas apaixonados pelo Vitória estão convidados para o duelo que pode tirar a corda do pescoço do Leão. Com 34 pontos, o time comandado por João Burse ini- ciou a 33ª rodada na zona de rebaixamento, em 17º.
Para deixar o grupo dos quatro piores times do Brasileirão, é preciso vencer o Ba-Vi e torcer por tropeço de Ceará ou Sport, que somam 37 e 36 pontos, respectivamente. Com chance mínima de rebaixamento, o Bahia vive situação mais confortável no campeonato. Com 40 pontos, o time treinado por Enderson Moreira abriu a rodada como 11º colocado.
Para vencer o último clássico do ano, o Vitória precisará apresentar mais futebol do que nos quatro anteriores. Neste ano, o Bahia levou a melhor em todos os duelos. O primeiro, disputado no dia 18 de fevereiro e válido pela fase classificatória do Campeonato Baiano, terminou antes do tempo regulamentar, quando estava empatado por 1x1. Marcado por socos e ofensas, o Ba-Vi teve nove jogadores expulsos. Ao ficar com apenas seis atletas em campo, o Vitória provocou o fim da partida e o Bahia venceu por W.O.
Tricolores e rubro-negros voltaram a se enfrentar nas finais do estadual e, após vencer por 2x1 na Fonte Nova e por 1x0 no Barradão, o Bahia ergueu a taça dentro da casa do rival. No primeiro turno do Brasileirão, festa da torcida azul, vermelha e branca outra vez. Na Fonte Nova, o Esquadrão mostrou sua força e goleou o Leão por 4x1, no dia 22 de julho, em jogo válido pela 14ª rodada.
Aquele triunfo, o primeiro de Enderson com o time na Série A, tirou o Bahia do Z4, exatamente o que o Vitória e Burse almejam fazer agora.
Edigar Junio, Luan, Neilton, Elton, Zé Rafael, Lucas, Tiago, Gilberto e Vinícius (três vezes) foram responsáveis pelos 11 gols marcados nos clássicos deste ano, sendo que o de Neilton e um de Vinícius acabaram oficialmente anulados por causa do W.O. Ainda há espaço de sobra para anotar o nome de outros artilheiros. A rede está a postos e o último clássico do ano agradece.