Fragilidade na legislação atrapalha, diz delegado
O delegado Marcelo Sansão, diretor do Draco, afirmou que o grupo, que aproveitava o momento da transferência dos malotes para roubar os carros-fortes, também tem envolvimento em outros delitos contra o patrimônio. Ainda segundo ele, apesar de os casos de assalto a bancos e caixas eletrônicos terem reduzido no estado, “as quadrilhas estão migrando para a modalidade calçada”.
Marcelo atribuiu a mudança ao que ele chama de “fragilidade na legislação”. Segundo ele, “as empresas responsáveis pelo transporte de valores não podem, por lei, utilizar armamento pesado, tendo direito apenas ao uso de revólver calibres 38 e 12”. Ele destacou também que os bandidos têm acesso a “armas maiores”.
Em razão disso, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia firmou parceria com a Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV) para compartilhar as rotas dos carros-fortes. Segundo o presidente da entidade, Ruben Schechter, desde o início dos trabalhos, em setembro, já aconteceram seis reuniões, o que levou a prisões em “Bom Jesus da Lapa e região”, além da “apreensão de uma metralhadora antiaérea e de diversos fuzis” e dos resultados da Operação Yasaí.
O presidente da ABTV também contou que, nos últimos cinco anos, foram investidos meio bilhão de reais “em tecnologia e intensificação dos treinamentos das equipes pelas [empresas] associadas à associação”.