Correio da Bahia

Plano afeta unidades históricas no interior

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Escolas tradiciona­is em cidades do interior também integram a lista de unidades que podem ser fechadas pelo governo do estado. Os rumores começaram em outubro e já motivaram protestos de alunos e professore­s.

Uma delas é o Instituto Ponte Nova, em Wagner, na Chapada Diamantina. A escola tem 112 anos de história e foi criada por missionári­os presbiteri­anos dos Estados Unidos que eram da Missão Central do Brasil.

Na época, somente três outras cidades possuíam estabeleci­mentos de ensino médio: Salvador, Ilhéus e Caetité. Caso o encerramen­to das atividades seja confirmado, os alunos serão transferid­os para o Centro Territoria­l de Educação Profission­al (Cetep) da Chapada.

Outra centenária é a Escola Estadual Maria Quitéria, em Feira de Santana. Com 101 anos de história, está localizada na Praça Fróes da Mota, atende a alunos de diversas localidade­s e foi a primeira escola de meninas do município. Segundo professore­s, a escola só vai funcionar até dezembro. Os funcionári­os estão sendo comunicado­s da transferên­cia para outras escolas.

Em Itabuna, o Colégio Estadual Sesquicent­enário (Ciso), que completa 50 anos em 2018, se destaca pela estrutura esportiva. Professore­s e alunos foram comunicado­s no início de novembro sobre o fechamento e transferên­cia dos estudantes para outras unidades.

O Ciso já formou atletas que se destacam em competiçõe­s nacionais e internacio­nais. Uma delas é a nadadora Ísis Rosário, que integra a seleção brasileira e foi formada no colégio. No ano passado, ela ganhou o Sul-Americano de Natação, realizado na Colômbia.

Sobre esses casos, a SEC informou que, conforme acordado em reunião realizada na última segunda-feira entre gestores da secretaria, representa­ntes da APLB e dos estudantes, “será realizado o atendiment­o específico em cada unidade escolar para discutir o plano de reestrutur­ação da rede escolar”.

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