Correio da Bahia

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nessa Rocha, 38 anos, que tem uma filha matriculad­a na unidade, fundada há mais de 50 anos.

Ela diz que a escola, que era utilizada pela comunidade nos finais de semana para atividade de lazer, sofre com a degradação há anos. “Não fazem reformas, não investem na infraestru­tura. Agora, simplesmen­te, querem fechar”, queixa-se.

A ambulante Magda Conceição, 26 anos, vê a distância como problema maior. “Aqui (em Amaralina), posso levar e buscar meu filho na escola. A gente também podia ficar de olho neles, porque a escola é perto. Se fecharem, teremos que pagar ônibus. Por isso que tem evasão. Até onde eu sei, a escola tem que estar próxima do aluno”, critica.

O professor de ciências naturais José Carlos Silva, 63 anos, 27 deles lecionando na escola, lamenta a medida. “Foi de cima para baixo, não fomos ouvidos, nem consultara­m pais e alunos. No começo, falaram que já estava definido. Agora, como caímos para dentro, eles recuaram e querem discutir”, disse.

Lhirill Santana, 15 anos, estuda no oitavo ano do Cupertino de Lacerda e diz que a escola oferta uma série de atividades. “Não é só aula. Temos atividades esportivas, jogos e oficinas de arte”, conta o aluno.

Gleidson Seara, 16 anos, também aluno do oitavo ano da unidade, concorda e vai além: “Vim para cá este ano e tenho prazer de estudar. Os professore­s, mais do que mestres, são amigos”.

Já Maria Rios, 16 anos, do nono ano do Henrique Brito, lembra que a escola funciona em turno integral, o que permite a convivênci­a maior com colegas e professore­s. “Como todos somos da mesma comunidade, criamos muito vínculo. Aqui, para nós, é uma segunda casa”, afirma.

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