Correio da Bahia

MEC ouve servidores para investigar caso dos livros didáticos

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SINDICÂNCI­A Servidores do Fundo Nacional para o Desenvolvi­mento da Educação (FNDE) começaram a prestar esclarecim­entos ontem sobre a mudança do edital dos livros didáticos. O Ministério da Educação (MEC) anunciou que abriria uma sindicânci­a, após a informação de que funcionári­os poderiam ter tirado partes do texto para boicotar o atual ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez.

Pessoas responsáve­is pelo envio do documento que foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) foram chamadas para explicar como ocorreu o procedimen­to. Ainda não há informação se servidores ligados ao próprio ministério também foram chamados para prestar esclarecim­entos, já que o documento é formulado em uma secretaria do MEC.

Indicado para a presidênci­a do FNDE, Carlos Alberto Decotelli da Silva não quis comentar o caso. Ele disse que, enquanto sua nomeação não for publicada no DOU, não pode responder a nada que se refira a autarquia. “Toda a parte da presidênci­a está ainda na gestão anterior”, se limitou a dizer.

As mudanças no edital para os livros didáticos que serão entregues em 2020 nas escolas foram publicadas em 2 de janeiro. No fim do dia, o MEC informou que as alterações seriam anuladas e culpou a gestão anterior, já que o edital datava de 28 de dezembro. O ex-ministro da Educação e agora secretário da pasta em São Paulo, Rossieli Soares, negou que as alterações tenham sido feitas por sua gestão.

“Não sei se houve alguma coisa intenciona­l de algum colaborado­r, não posso responder por isso”, afirmou Soares ontem em entrevista à Radio Eldorado. “Eu espero que não seja (boicote), porque eu torço para que o novo ministro dê certo pelo bem do Brasil”, disse.

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