Bolsonaro autoriza venda da Embraer
O governo Jair Bolsonaro informou, ontem, que não irá vetar o acordo entre as fabricantes de aeronaves norte-americana Boeing e a brasileira Embraer. Com isso, a operação entre a gigante dos Estados Unidos e a empresa brasileira poderá seguir adiante. A União tem participação com “golden share” – poder de veto sobre decisões estratégicas da Embraer. Integrantes do governo se reuniram, ontem, no Palácio do Planalto para tratar do assunto.
“Reunião com os ministros da Defesa, da Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e Economia sobre as tratativas entre Embraer (privatizada desde 1994) e Boeing. Ficou claro que a soberania e os interesses da Nação estão preservados. A União não se opõe ao andamento do processo”, disse o presidente no Twitter.
O acordo foi selado no ano passado e aguardava apenas a decisão do governo brasileiro para seguir adiante. Ainda será preciso a autorização do conselho de administração, dos acionistas da Embraer e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O Palácio do Planalto garantiu que “serão mantidos os empregos atuais no Brasil”, será mantida a produção no país das aeronaves já desenvolvidas; e será “mantida a capacidade do corpo de engenheiros da Embraer”.
Pelo acordo, a Boeing será controladora de uma joint venture criada junto com a Embraer. A americana terá 80% das ações da nova companhia. Para isso, pagará US$ 4,2 bilhões. No caso das operações de defesa, será criada uma empresa na qual a Embraer terá 51%. A empresa de defesa será responsável por fabricar o cargueiro militar KC-390. Para o governo, o acordo vai ajudar a empresa a se expandir.