Governo prepara medidas para o Nordeste
disse ao ser questionado se uma eventual mudança no sistema de aposentadoria dos militares seria encaminhada junto com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Previdência.
ISONOMIA
Indagado se a inclusão dos militares na reforma facilitaria discurso de isonomia de tratamento para servidores públicos, Onyx disse que não pode adiantar o assunto porque o assunto ainda está sob estudo e “não está definido por quem define, que é o presidente Jair Bolsonaro”.
“Queremos reforma onde não se sacrifique ninguém (...). Vamos apresentar reforma que ao mesmo tempo permite reequilíbrio fiscal e seja fraterna e tenha olhar fraterno”, afirmou ao ser indagado se os militares não deveriam dar exemplo de “sacrifício” na reforma, já que o presidente faz parte da categoria (ele é capitão reformado).
Já Pujol disse que o presidente não falou com ele a respeito de mudanças nas regras da aposentadoria dos militares. Ele afirmou que os militares são “disciplinados” e irão cumprir o que for decidido pelo governo.
VILLAS BÔAS
Ao deixar o cargo de comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas fez um forte discurso político no qual disse que o presidente Jair Bolsonaro resgatou o Brasil das amarras ideológicas. Diante de Bolsonaro, Villas Bôas afirmou que o presidente “tirou o país da amarra ideológica que sequestrou o livre pensar” e “tirou o país do pensamento único e nefasto”. O militar também destacou que o Exército é “democrático, apartidário e integralmente dedicado à nação”. Ao final, Villas Bôas foi aplaudido de pé e cumprimentado por Bolsonaro. O governo Jair Bolsonaro começa na próxima segunda-feira a preparar as primeiras ações de seu plano para o Nordeste. Uma reunião na Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni, vai reunir titulares de diversas pastas com o objetivo de elaborar medidas concretas para serem submetidas ao presidente. A movimentação ocorre depois de aliados terem manifestado ao presidente a necessidade de o governo começar a apontar políticas para a região para sinalizar não haver rancor com o fato de Bolsonaro ter sido derrotado na eleição no Nordeste, onde todos os governadores, inclusive, são de oposição. Até agora, a proposta que vem sendo mais verbalizada pelo presidente é a de buscar cooperação tecnológica com Israel para dessalinizar água. A Embrapa já possui um projeto na região que aproveita águas de poços.