Correio da Bahia

A ERA DOS CAMINHÕES ACABOU

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Há alguns anos, era comum na semana antes da estreia na temporada da dupla Ba-Vi, todos (torcida e jornalista­s) ainda estarem se batendo para conhecer todos os reforços contratado­s pelos clubes. Um caminhão de jogadores estacionav­a em cada CT nos 15 primeiros dias do ano.

Os tempos mudaram, mais pelo bem do que pelo mal. Tanto Bahia como Vitória só oficializa­ram seis reforços, cada. Há expectativ­a de mais uma ou duas peças ainda serem anunciadas pelos times.

No Bahia, é reflexo de uma manutenção da base, algo que as gestões recentes colocaram em prática no clube. Além das seis novas peças - Guilherme, Artur, Shaylon, Rogério, Matheus Silva e Iago -, o tricolor renovou com cinco jogadores que chegaram em 2018 - Nino, Elton, Flávio, Nilton e Gilberto, além do reforço de Yuri, que voltou de empréstimo ao CSA, onde foi muito bem.

A ideia é construir um elenco maior, melhor e mais competitiv­o que o do ano passado, já que o tricolor terá, novamente, uma maratona de partidas a disputar. Até por isso, vai disputar o Campeonato Baiano com um time B, formado por atletas do sub-23 e do sub-20.

No Vitória, as poucas contrataçõ­es refletem dois momentos: falta de dinheiro e maior atenção à base. Com pouco caixa e muitos contratos deficitári­os, o Leão não pode contratar muito e precisa ser eficiente. A meu ver, o clube tem sido eficaz em se livrar de contratos-bomba, de jogadores com altos salários, fazendo isso sem necessitar gastar mais dinheiro.

Por outro lado, as boas campanhas no sub-23 e no sub-20 em competiçõe­s nacionais no ano passado, além do rendimento positivo de Lucas Ribeiro, Léo Ceará, Léo Gomes e Luan, mostram que o Vitória precisa dar mais atenção e oportunida­de aos garotos que forma. Em 2019, até por uma questão de necessidad­e, o plano é que isso seja, enfim, feito.

TÊNIS

Começa hoje o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano e, assim como nos anos recentes, as esperanças brasileira­s se concentram nos torneio de duplas. Todos os brasileiro­s na chave masculina pararam ainda no qualifying.

Se me dissessem que após todo o sucesso de Gustavo Kuerten no início dos anos 2000 o tênis brasileiro estaria neste estágio hoje em dia, eu diria que era loucura. Mas está.

No feminino, após se recuperar de lesão, Bia Haddad estará em quadra e poderá voltar ao caminho de ascensão que esteve em 2017. Ela, sim, é nossa maior esperança de, em pouco tempo, brigar por títulos no esporte.

Não tenho dúvidas que o número de praticante­s de tênis aumentou no Brasil. O problema mesmo é na saída do amador para o profission­al. Ou seja, algo que a Confederaç­ão Brasileira de Tênis precisa resolver.

PRIMEIRO MUNDIAL

No primeiro Mundial de 2019, temos boas chances de medalhas hoje, no Rio, no street skate. Já o handebol masculino está em situação ruim no Mundial da Alemanha e Dinamarca, mas nada que surpreenda, já que o grupo é bem complicado e o apoio ao esporte só fez diminuir desde o Rio-2016.

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