Correio da Bahia

CAIXA PEDE RETIRADA DA SUA LOGOMARCA

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Bahia e Vitória receberam uma carta nada amigável no final do ano passado. A Caixa, patrocinad­ora master dos clubes, enviou um comunicado desautoriz­ando a exibição da sua logomarca dos materiais de treino e de jogo das equipes na temporada 2019. Como é possível notar nas fotos acima, ninguém obedeceu. Os clubes respondera­m à estatal que vão tirar a logo quando for convenient­e, de acordo com a logística da troca dos materiais, para que não haja prejuízo com a confecção de novos uniformes só para este fim. O contrato de patrocínio com os clubes acabou em dezembro. Segundo a Caixa, a renovação está em análise, por isso solicitou a retirada até que haja definição. Os clubes encaram o ‘aviso’ da Caixa de maneiras opostas. O Bahia entende que é algo recorrente: todos os anos a marca é mantida ‘de graça’ até que o contrato seja assinado e a estatal pague o retroativo. O tricolor entende que o banco manterá o patrocínio e busca negociá-lo. Já o Vitória entende que a Caixa não renovará com os clubes e já procura um novo parceiro. O problema é que, com a mudança no governo federal, a chance do banco abandonar o futebol é real. O presidente Jair Bolsonaro já se posicionou contra os patrocínio­s. Em 2018, a estatal gastou R$ 127,8 milhões em patrocínio­s a 25 times. Bahia e Vitória receberam R$ 6 milhões, cada. O Flamengo é o clube que mais embolsou, com R$ 25 milhões. Mal chegou ao Bahia, o meia Shaylon já sentiu na pele – ou não – a pressão da torcida tricolor. O jogador colocou na descrição do seu perfil do Instagram a frase “Jogador do São Paulo emprestado ao Bahia”. A torcida não gostou, cobrando que ele valorizass­e mais o tricolor baiano. Diante da pressão, o atleta resolveu de uma maneira inovadora: colocou seis bolinhas, três com as cores do São Paulo e as outras três com as do Bahia. Mesmo tendo sido eliminado ainda na primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o Jacobina acabou tendo jogadores elogiados por torcedores baianos nas redes sociais. No entanto, o elenco do Jegue da Chapada na Copinha era formado por jogadores do Canaã, braço esportivo do Projeto Nova Canaã, um programa beneficent­e mantido pela Igreja Universal. O time disputará a Série B do Campeonato Baiano neste ano.

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MAURICIA DA MATTA/ECV/DIVULGAÇÃO Mesmo com aviso da Caixa, Bahia e Vitória seguem usando marca
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ROBERTO ABREU
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