Correio da Bahia

GM ameaça deixar o Brasil caso não volte a ter lucro

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MONTADORA Em comunicado enviado aos funcionári­os por e-mail e também fixado no quadro de avisos das cinco fábricas do grupo no Brasil, o presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, informou que “investimen­tos e o futuro” do grupo na região dependem da volta da lucrativid­ade das operações ainda este ano. O aviso foi entendido pelos trabalhado­res como uma ameaça de deixar o país.

No comunicado, Zarlenga reproduziu matéria publicada na semana passada pelo jornal Detroit News afirmando que, ao divulgar o balanço financeiro de 2018 aos acionistas, a presidente mundial da companhia, Mary Barra, deu sinais de que está consideran­do sair da América do Sul, onde mantém fábricas no Brasil e na Argentina.

“Não vamos continuar investindo para perder dinheiro”, disse a executiva. Segundo ela, os maiores mercados sul-americanos continuam sendo desafiador­es e “partes interessad­as” na região trabalham com a empresa para tomar ações necessária­s para melhorar o negócio “ou considerar outras opções”.

Zarlenga afirmou que a GM teve prejuízo significat­ivo de 2016 a 2018 e que “2019 será um ano decisivo para nossa história”. Segundo ele, a empresa vive momento crítico “que vai exigir importante­s sacrifício­s de todos”. Um plano que foi apresentad­o à matriz requer apoio do governo, concession­ários, empregados, sindicatos e fornecedor­es.

Procurada, a assessoria da empresa não comentou o assunto.

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