Mulheres superam homens no INSS
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Já há mais mulheres do que homens recebendo aposentadorias do INSS. Quem destaca o dado é o economista Fábio Giambiagi, que analisou o Anuário Estatístico da Previdência de 2017, o último divulgado. A proporção feminina entre os beneficiários chegou a 50,1%, contra 49,9% dos homens, números que podem ajudar nas discussões sobre a idade mínima para ambos os sexos. Fábio ressalta que as aposentadorias das mulheres por tempo de contribuição crescem a uma taxa de 8% ao ano no meio urbano. Por outro lado, a despesa com homens é maior, porque, na média, o benefício deles é mais alto.
COPO MEIO CHEIO
O mercado de trabalho deve ter a maior geração de empregos formais desde 2013, segundo o pesquisador Bruno Ottoni, do Ibre/FGV. Ele projeta abertura de 637 mil vagas, cerca de 230 mil a mais do que o estimado para 2018 (o número oficial ainda não foi divulgado). Na Pnad, prevê que a População Ocupada vai aumentar em 1,4 milhão de pessoas, mesmo ritmo do ano passado. “Mas vamos ter uma composição melhor na Pnad, com mais emprego formal do que em 2018”, explicou. Para a projeção se concretizar, o PIB precisa crescer 2,5% e o governo tem que aprovar uma reforma forte na Previdência.
COPO MEIO VAZIO
Ainda que seja o melhor resultado em seis anos, a abertura de empregos formais não recupera o que foi perdido na crise. Nem no ano que vem isso é esperado. “A gente perdeu 3 milhões de vagas pelo Caged, e somando o que se espera de criação em 2018, 2019 e até 2020, vai ficar em torno de 1,8 milhão”, explicou Ottoni. A taxa de desemprego deve cair pouco, de 12,2% para 11,9%, na média, este ano. Ele avalia que as projeções de crescimento do PIB estão baixas para os próximos anos, e isso faz com que o empresário continue cauteloso nas contratações.
SEGURANÇA NACIONAL
No setor elétrico, há dúvidas se a ambição do governo na construção da usina de Angra 3 se dá pela segurança energética ou pela segurança nacional. Bento Costa, ministro de Minas e Energia, tratou a conclusão da obra como “uma das prioridades” da gestão, lembrando que a retomada da economia vai demandar mais energia. Usa, portanto, o argumento da segurança energética. Mas até usinas a diesel forneceriam eletricidade mais em conta. Para atrair investidores, a tarifa saltará de R$ 240 para quase R$ 500. A realidade é que a produção nuclear é vista como uma estratégia
CARONA COM GUEDES
Na Esplanada, o maior interessado em evitar novos aumentos na conta de luz é Paulo Guedes. “O problema com Angra 3 não é a tecnologia, é a tarifa. Não há mais espaço para aumentos. A energia a esse preço atrapalha a competitividade do país”, explica Luiz Barroso, que já comandou a Empresa de Pesquisa Energética, do governo, e hoje preside a consultoria PSR.
SETOR PRIVADO ATENTO
Os desequilíbrios no setor elétrico não escondem as oportunidades. O grupo francês Engie, por exemplo, está próximo de comprar a TAG, o gasoduto da Petrobras no Nordeste, junto com outros sócios. A venda ficou paralisada por uma liminar da Justiça, derrubada neste início de ano. “Temos um plano ambicioso para o Brasil, com investimentos previstos de R$ 20 bilhões em dois anos”, diz Maurício Bähr, presidente da Engie.