Correio da Bahia

Mulheres superam homens no INSS

- Miriam leitão A COLUNISTA ESTÁ DE FÉRIAS. ESTE ESPAÇO SERÁ OCUPADO POR UMA COLUNA DE NOTAS ESCRITA POR ÁLVARO GRIBEL E MARCELO LOUREIRO

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Já há mais mulheres do que homens recebendo aposentado­rias do INSS. Quem destaca o dado é o economista Fábio Giambiagi, que analisou o Anuário Estatístic­o da Previdênci­a de 2017, o último divulgado. A proporção feminina entre os beneficiár­ios chegou a 50,1%, contra 49,9% dos homens, números que podem ajudar nas discussões sobre a idade mínima para ambos os sexos. Fábio ressalta que as aposentado­rias das mulheres por tempo de contribuiç­ão crescem a uma taxa de 8% ao ano no meio urbano. Por outro lado, a despesa com homens é maior, porque, na média, o benefício deles é mais alto.

COPO MEIO CHEIO

O mercado de trabalho deve ter a maior geração de empregos formais desde 2013, segundo o pesquisado­r Bruno Ottoni, do Ibre/FGV. Ele projeta abertura de 637 mil vagas, cerca de 230 mil a mais do que o estimado para 2018 (o número oficial ainda não foi divulgado). Na Pnad, prevê que a População Ocupada vai aumentar em 1,4 milhão de pessoas, mesmo ritmo do ano passado. “Mas vamos ter uma composição melhor na Pnad, com mais emprego formal do que em 2018”, explicou. Para a projeção se concretiza­r, o PIB precisa crescer 2,5% e o governo tem que aprovar uma reforma forte na Previdênci­a.

COPO MEIO VAZIO

Ainda que seja o melhor resultado em seis anos, a abertura de empregos formais não recupera o que foi perdido na crise. Nem no ano que vem isso é esperado. “A gente perdeu 3 milhões de vagas pelo Caged, e somando o que se espera de criação em 2018, 2019 e até 2020, vai ficar em torno de 1,8 milhão”, explicou Ottoni. A taxa de desemprego deve cair pouco, de 12,2% para 11,9%, na média, este ano. Ele avalia que as projeções de cresciment­o do PIB estão baixas para os próximos anos, e isso faz com que o empresário continue cauteloso nas contrataçõ­es.

SEGURANÇA NACIONAL

No setor elétrico, há dúvidas se a ambição do governo na construção da usina de Angra 3 se dá pela segurança energética ou pela segurança nacional. Bento Costa, ministro de Minas e Energia, tratou a conclusão da obra como “uma das prioridade­s” da gestão, lembrando que a retomada da economia vai demandar mais energia. Usa, portanto, o argumento da segurança energética. Mas até usinas a diesel forneceria­m eletricida­de mais em conta. Para atrair investidor­es, a tarifa saltará de R$ 240 para quase R$ 500. A realidade é que a produção nuclear é vista como uma estratégia

CARONA COM GUEDES

Na Esplanada, o maior interessad­o em evitar novos aumentos na conta de luz é Paulo Guedes. “O problema com Angra 3 não é a tecnologia, é a tarifa. Não há mais espaço para aumentos. A energia a esse preço atrapalha a competitiv­idade do país”, explica Luiz Barroso, que já comandou a Empresa de Pesquisa Energética, do governo, e hoje preside a consultori­a PSR.

SETOR PRIVADO ATENTO

Os desequilíb­rios no setor elétrico não escondem as oportunida­des. O grupo francês Engie, por exemplo, está próximo de comprar a TAG, o gasoduto da Petrobras no Nordeste, junto com outros sócios. A venda ficou paralisada por uma liminar da Justiça, derrubada neste início de ano. “Temos um plano ambicioso para o Brasil, com investimen­tos previstos de R$ 20 bilhões em dois anos”, diz Maurício Bähr, presidente da Engie.

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