Definhamento partidário
Siglas afetadas por cláusula de barreira perdem quadros na Bahia
Quatro partidos na Bahia perderam deputados estaduais e federais eleitos no ano passado por conta da cláusula de barreira. Patriota, PHS, PCdoB e PRP viram pelo menos um representante na Assembleia Legislativa ou na Câmara deixar seus quadros por conta da nova regra, que exige um desempenho eleitoral mínimo para siglas terem acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de propaganda na televisão.
Nas duas casas, 14 parlamentares integravam uma das cinco legendas. Desse total, 7 já trocaram de sigla por conta da medida. A lista em breve irá ganhar mais um nome, já que o PPL também foi afetado pela medida e vai perder seu único representante na Câmara. Outros seis se mantiveram em seus partidos originários. Ao menos, por enquanto.
O deputado federal Igor Kannário está na lista de parlamentares que integravam um dos cinco partidos em processo de esvaziamento. Para fugir da falta de repasse de verbas e da ausência de tempo na TV, Kannário migrou para o DEM. Assim como ele, Abílio Santana também saiu do PHS, mas teve como destino o PR.
O deputado federal Raimundo Costa, que era do PRP, também escolheu o PR. Já Uldurico Júnior, que continua no PPL, adiantou que mudará de legenda em breve. Só não fez isso ainda por que não sabe exatamente qual sigla vai. Só que será uma fora da oposição ao governo Jair Bolsonaro no Congresso.
Na Assembleia Legislativa, oito deputados estaduais integram um dos cinco partidos atingidos pela cláusula. Desses, quatro já trocaram de sigla. São eles: Junior Muniz, que migrou do PHS para o PP; Pastor Tom, que foi do Patriota para o PSL; Jurandy Oliveira, do PRP para o PP; e Dal, do PCdoB para o PP. Outros quatro não irão mudar de legenda. Olívia Santana, Zó, Fabrício e Bobô decidiram se manter no PCdoB.
O partido que mais ganhou com o troca-troca foi o PP, que recebeu três novos deputados estaduais e empatou com o PT como maior bancada da Casa, com dez integrantes. O PR ficou em segundo