Casos em bebês crescem mais de 600% no estado
Diretamente ligada à sífilis em gestantes, a sífilis congênita também cresceu em todos os aspectos – tanto na Bahia quanto no Brasil. Enquanto no estado os casos saíram de 193, em 2008, para 1.311, no ano passado (crescimento de 679%), o aumento no Brasil foi de 445% - de 5.376 para
23.935. “Ela passa de mãe para filho. O bebê já pode nascer com algumas manifestações. Pode ter alterações ósseas, gânglios aumentados, lesões cutâneas, alguma meningite causada por sífilis. E tem as manifestações tardias, que são de surdez, alterações oculares, neurológicas, mandíbula curta”, cita a técnica do programa estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)/Aids Aliucha Magalhães.
Quando a criança nasce com a sífilis congênita, é um sinal de que a mãe teve a doença na gestação, não fez o tratamento durante a gravidez ou não descobriu a tempo. A transmissão da doença, nesses casos, é chamada vertical.
“A mulher precisa ser diagnosticada na gestação para a gente conseguir reverter. A gente faz um teste logo no primeiro trimestre, repete no segundo e no terceiro”, explica a coordenadora do programa de controle das DSTs do município, Helena Lima. Se o diagnóstico for positivo para sífilis, a medicação deve ser iniciada até 30 dias antes do parto para que a criança não tenha a infecção.
Mesmo assim, quando os bebês nascem com sífilis, a doença é tratável. Na prática, de acordo com Aliucha Magalhães, do programa estadual, a maioria das crianças fica saudável. “O tratamento dura 10 dias, mas ele precisa ser acompanhado por até 18 meses para confirmar, com exames de sífilis. Já o acompanhamento oftalmológico e neurológico vai até os 2 anos de idade”.
Ela passa de mãe para filho. O bebê já pode nascer com algumas manifestações. E tem as manifestações tardias como a surdez, por exemplo Aliucha Magalhães,
Técnica do programa estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)/Aids