‘Desgaste emocional’
Chamusca lamenta e não confirma se sai ou fica no Leão
Triste. Foi assim que o técnico Marcelo Chamusca se definiu logo após a derrota do Vitória para o Fluminense de Feira, por 2x0, no Barradão. “Meu estado emocional agora, e de tudo que vem acontecendo... Sem conseguir vencer, tenha certeza que essa estatística que estou vivendo no Vitória é muito triste e me traz um desgaste emocional (...). Um quadro como esse é quase surreal. A atmosfera é muito negativa, carregada. É muito difícil vivenciar um momento como esse”, assumiu o treinador, em coletiva após a partida.
O futuro do baiano no comando do Leão deve ser definido hoje. Além da eliminação, ontem, do Campeonato Baiano, Chamusca e seu time já haviam caído na primeira fase da Copa do Brasil, para o Moto Club. Chamusca, porém, não adiantou se sai ou fica.
“Depois do jogo, é prematuro falar qualquer situação em relação ao meu futuro (...) Em todas as equipes que trabalhei, os números foram superiores a esses. Situação difícil para tomar qualquer decisão, né? No calor do jogo, eu não concordo. Eu acho que precisa ter tranquilidade. Existe um contexto onde o torcedor está sedento por cabeças na bandeja, mas acho que isso precisa ser feito com calma. Até em respeito aos profissionais. (...) Queria dizer a minha leitura do jogo, assumir minha responsabilidade como treinador de futebol, dar minha cara para bater, sem me esconder. Não sou de me esconder e só aparecer quando tem êxito”, falou.
Segundo o técnico, a diretoria não conversou com ele após o jogo, apenas o gerente de futebol Alarcon Pacheco.
De acordo com o técnico, ele não é o único a ser responsabilizado pela eliminação. “O clube tem todo direito de demitir, mas não pode culpar só o treinador, há muitos aspectos que vão além”, comentou.
“Existem culpados - todos nós. Eu, como treinador, pela minha incapacidade de conseguir os objetivos do clube. A diretoria, que me contratou e contratou os jogadores. Os atletas, que, dentro do campo de jogo, têm responsabilidades. Não existem certos culpados. Todos nós somos, pela incapacidade e incompetência”, afirmou. “Infelizmente, tomamos o gol muito cedo e ficamos desestimulados. Depois, tomamos o controle. No segundo tempo, Ronaldo não pegou na bola”, continuou.
Segundo Chamusca, o foco agora é na Copa do Nordeste, em que o Vitória está na 5ª colocação do Grupo A. Na próxima rodada, o Leão pega o ABC, sábado, às 16h, em Natal. Um momento preocupou quem assistia ao duelo entre Vitória e Fluminense de Feira: aos 17 minutos, Diego Aragão, volante do time visitante, se chocou de cabeça com Victor Ramos, zagueiro rubro-negro. Na queda, ainda bateu o rosto no chão e ficou desacordado, chocando quem assistia à partida.
Preocupados, os jogadores do Touro do Sertão chamaram o atendimento médico, tendo o auxílio não só da equipe do próprio time, como também do Leão.
Aragão conseguiu ser acordado, foi retirado de ambulância do gramado e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE). A partida ficou paralisada durante sete minutos.
CONSCIENTE
O volante chegou à unidade de saúde consciente, com um corte no rosto e outro na nuca. Lá, passou por exames de imagem, que não constataram lesões graves na cabeça ou na coluna. Antes das 19h, já havia recebido alta e sido liberado para se reintegrar ao elenco do Fluminense de Feira.