Correio da Bahia

EDISIO FREIRE

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Penso em sair de uma aplicação mais conservado­ra e partir para algo que me dê mais rentabilid­ade, mas ainda tenho medo de perder dinheiro. O que você recomenda para quem quer começar a investir em renda variável? RODRIGO PEREIRA

Olá, Rodrigo. Os produtos de renda fixa oferecem uma maior segurança, adequado para pessoas com perfil ultraconse­rvador, mas em contrapart­ida a rentabilid­ade é bem baixa. Eu diria que atualmente investir em renda fixa é uma forma de preservar patrimônio, não de gerar riqueza, porque o volume de cresciment­o é muito limitado. Para quem quer manter um pequeno cresciment­o se protegendo da inflação, é uma boa opção, mas para alavancar os ganhos é preciso ter disposição para correr riscos e isso é possível no mercado de renda variável. Não há dúvidas de que ganhar mais com os investimen­tos requer correr mais riscos, contudo, se for um risco calculado e dentro de parâmetros técnicos é viável sim evoluir para aplicações financeira­s mais arriscadas e que irão potenciali­zar seus ganhos. O que recomendo são os fundos de investimen­tos multimerca­dos, que é um produto intermediá­rio, e fundos de ações. Mas é possível também arriscar ainda mais operando direto no mercado de ações, inclusive com Day Trade, mas é fundamenta­l ter bastante conhecimen­to para isso, pois as possibilid­ades de ganho são maiores, mas o risco também é muito elevado. Tente estudar um pouco sobre esses mercados, sempre em instituiçõ­es confiáveis, e se achar que precisa, procure um especialis­ta para orientá-lo.

Contratei no ano passado um plano de previdênci­a privada para meu filho. Isso entra na declaração do Imposto de Renda? MARIANA OLIVEIRA

Olá, Mariana. Os planos de previdênci­a privada devem ser lançados na declaração de ajuste anual do imposto de renda, porém, a forma de declarar vai depender do tipo de produto e do beneficiár­io. No seu caso, a declaração da previdênci­a é obrigatóri­a apenas se seu filho estiver como seu dependente na declaração, caso contrário, não vai poder declarar porque o produto financeiro é vinculado a um CPF, portanto, só e permito informar se você for a tutora oficial dele perante o fisco. Fique atenta ao local e à forma de declarar, caso precise. Verifique se a previdênci­a privada que contratou é do tipo VGBL ou PGBL, pois a forma de declarar e o local dentro do sistema são diferentes, além de servir como redutor da base de cálculo do seu imposto, caso tenha optado pela PGBL.

Sou autônoma, mas pago meu INSS. Ainda vale a pena contribuir ou é melhor eu aplicar esse dinheiro em algum investimen­to? MÁRCIA LIMA

Olá, Marcia. Sabemos dos diversos problemas que a previdênci­a oficial tem, inclusive no que tange aos custos para se manter no sistema e a incerteza em relação à aposentado­ria. Mas é importante perceber que os benefícios da previdênci­a oficial não se resumem apenas à renda que terá na aposentado­ria, pois existem outros que são garantidos a quem está dentro do sistema, por exemplo o auxilio doença, o auxílio por licença maternidad­e, a aposentado­ria por invalidez, além, é claro, da renda de aposentado­ria que terá depois de cumprir o período de contribuiç­ão. Estar fora do sistema pode fazer falta em algum momento da vida, mas sem sombra de dúvida que ter um plano de aposentado­ria alternativ­o é uma atitude muito inteligent­e. Dependendo de quanto você pague por mês, é possível dividir esse custo entre o sistema oficial de previdênci­a, para garantir seus benefícios, e um plano alternativ­o para que ao chegar na idade de se aposentar possa ter um rendimento complement­ar ajudando na manutenção de seus gastos, permitindo que tenha independên­cia financeira. É importante que faça um bom planejamen­to e escolha os produtos adequados aos seus projetos, extraindo a melhor rentabilid­ade possível.

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