Correio da Bahia

Policial civil é baleado, e ônibus deixam de circular

- NILSON MARINHO, COM SUPERVISÃO DA CHEFE DE REPORTAGEM PERLA RIBEIRO E GIL SANTOS

SANTA CRUZ Um policial civil foi baleado na tarde de ontem, no Nordeste de Amaralina, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, a vítima estava investigan­do um crime de roubo na comunidade do Areal quando foi atingida. Por conta disso, os ônibus suspendera­m a circulação na noite de ontem.

A bala acertou de raspão a cabeça do policial, que não teve o nome divulgado. Ele foi socorrido para uma unidade de saúde e passa bem. O local do atendiment­o não foi divulgado.

O policial trabalha na 6ª Delegacia (Brotas), unidade que investigar­á a tentativa de homicídio. Até o final da tarde, ninguém havia sido preso.

O Sindicato dos Rodoviário­s confirmou ao CORREIO que os ônibus pertencent­es ao consórcio Integra (Associação das Empresas de Transporte de Salvador) não estavam entrando na Santa Cruz, mantendo a circulação no Nordeste de Amaralina e no Vale das Pedrinhas.

“Na Santa Cruz, não estamos indo. Estamos parando ali no Parque da Cidade. Essa foi uma decisão tomada pela Integra. A direção do sindicato vai se reunir com os operadores para saber se eles se sentem seguros ou não para entrar no bairro. Teremos uma decisão sobre isso amanhã (hoje)”, declarou o vice-presidente Fábio Primo.

No último dia 13, no mesmo bairro, Elton Freitas Jesus Santos, 26 anos, foi baleado pela polícia na localidade conhecida como Boqueirão, durante uma troca de tiros entre homens armados e policiais militares. Ele foi atingido nas duas coxas e socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE).

De acordo com informaçõe­s do boletim de ocorrência do posto da Polícia Civil da unidade de saúde, o homem estava em uma laje quando foi baleado. Segundo relato de um PM, policiais da 40ª Companhia Independen­te de Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina) faziam ronda quando avistaram vários homens com armas em punho.

Após avistar os suspeitos, houve uma troca de tiros, e a vítima acabou ferida. Na ocasião, a polícia disse ter apreendido 60 papelotes de maconha, munições de calibre ponto 40 e 9 milímetros. ‘PAREDÃO’ A pequena Damile Vitória dos Santos Veiga, 7 anos, morreu na madrugada de ontem, depois de ser atingida por uma caixa de som durante uma festa conhecida como “paredão”, no bairro da Engomadeir­a.

De acordo com informaçõe­s da ocorrência policial, a criança brincava na festa e, por volta das 20h40 de anteontem, a caixa de som com amplificad­ores, que ficava presa a um carro, despencou sobre o corpo da vítima.

O veículo estava estacionad­o na Rua Nova Bahia. Após o acidente, a garota foi socorrida pela mãe, identifica­da como Érica Bispo dos Santos, para a emergência do Hospital Geral Roberto Santos, no bairro do Cabula.

De acordo com informaçõe­s do boletim de ocorrência do posto da Polícia Civil do hospital, a criança chegou desacordad­a. Ela chegou a ser transferid­a para a ala cirúrgica, mas não resistiu. A morte foi constatada por volta da 0h20 de ontem.

O enterro foi na tarde de ontem, no Campo Santo. Familiares e amigos deram adeus à menina com flores brancas e amarelas.

Emocionada, a mãe da menina precisou ser amparada por duas pessoas. “Ela era uma criança normal, que gostava de brincar e correr, como todas as outras. Ela era uma menina muito querida lá na rua. Todo mundo gostava dela. A gente ainda está tentando aceitar o que aconteceu”, contou uma vizinha da família, que pediu para não ser identifica­da.

No Instituto Médico Legal, o pai da menina, o garçom Alexsandro Baltazar, foi quem fez a liberação do corpo. Ele estava separado de Érica há quatro anos e há três meses não via a menina, única filha dos dois. “Soube pelo marido de minha ex-mulher”.

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REPRODUÇÃO Damile, 7, estava em uma festa

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