Moradores de Stella Maris e estudantes de Direito da Ufba já colocaram placas
Os moradores da Caixa D’Água não são os primeiros a tomar a iniciativa de tentar afastar os bandidos. Em 2014, moradores da Alameda Praia do Flamengo, no bairro de Stella Maris, em Salvador, instalaram placas a cada 30 ou 40 metros da rua, que tem dois quilômetros de extensão, falando sobre os riscos de ser assaltado por lá.
Algumas casas da rua tinham suas próprias câmeras, mas nem isso ajudou. As placas instaladas eram uma crítica aos órgãos de segurança pública: “Procura-se polícia nessa área”. Outras criticavam o risco com humor: “Sr. Ladrão: em caso de assalto, pode levar meus pertences, não irei reagir”; “Perigo! A partir desse trecho seu carro pode sumir”; “Atividade permitida: corrida para fugir de ladrões”.
Na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela, estudantes também espalharam placas pelo campus reclamando da insegurança: “Exmos. ladrões: levem meu carro, levem minha dignidade, mas deixem meu Vade Mecum e R$ 2,80 pro buzu”.
Outras placas também carregavam na ironia: “Alô, bandidagem: já pensaram na aposentadoria? Férias na Europa? Com tudo que já levaram de nós, deveriam estar milionários”; “Rua Conde Drácula, beijo do vampiro garantido. Aqui, ou você é multado ou seus bens são levados”; “Código de Ética do Ladrão Moderno: ‘Perdeu, playboy’ é coisa do passado. 1 - Data vênia, conceda-me o veículo. 2 - Subsidiariamente, o celular. 3 - In casu, prazo de 10 segundos para correr”.
Na ocasião, o major Edmundo Assemany, comandante da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Barra-Graça), que cobre a área, se reuniu com a direção da Faculdade de Direito para tratar do assunto. Ele disse que o policiamento era feito no local com motos e viaturas.