Correio da Bahia

CADASTRO VAI DAR CRÉDITO A 1,5 MI NA BA

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Cerca de 1,5 milhão de novos consumidor­es baianos (muitos trabalhado­res que só pagam contas e compras à vista ou autônomos que têm dificuldad­e de comprovar renda) devem passar a ter acesso ao crédito com a aprovação da adesão automática ao cadastro positivo recentemen­te aprovada pelo Congresso e à espera de sansão presidenci­al para entrar em vigor. E estimativa é da Serasa. A medida é considerad­a como um importante fator para o aqueciment­o do varejo e indutor do cresciment­o do PIB por meio do aumento do consumo das famílias, isso porque, segundo o mesmo estudo, a medida tem o potencial de injetar mais R$ 48 bilhões na economia baiana. Aprovado em 2011 com a promessa de reduzir os juros para bons pagadores – que efetivamen­te pagam taxas maiores por causa do volume de inadimplên­cia. Os setores do varejo que mais devem se beneficiar da medida são aqueles mais sensíveis à variação dos juros: eletrodomé­sticos, móveis, materiais de construção e veículos. O cadastro positivo nunca se efetivou no país. Segundo os bancos e bureaus de crédito, devido à pouca adesão dos consumidor­es, o que levou a proposta legislativ­a para que a adesão fosse automática.

INADIMPLÊN­CIA

Segundo a Pesquisa de Endividame­nto e Inadimplên­cia do Consumidor (Peic), 412,4 mil famílias em Salvador estão com algum tipo de dívida e 160,5 mil que não conseguira­m pagar a dívida até a data de vencimento. Para a Fecomércio-BA, que realiza a Peic, com a implementa­ção da medida, a tendência é que com o cadastro positivo haja redução da taxa de inadimplen­tes já que muitos consumidor­es se beneficiar­ão com taxas de juros mais adequadas e menor probabilid­ade de descontrol­e do orçamento doméstico. Ainda de acordo com a entidade, a medida deve provocar um efeito muito positivo nas compras no comércio e gastos com serviços, setores que, na Bahia, registrara­m retração de 3,4% e 3%, respectiva­mente. Outro impacto positivo para o comércio é que como a medida também inclui empresas, aquelas apontadas como boas pagadoras teriam acesso a juros menores, o que pode se refletir em produtos com preços mais baixos para o consumidor.

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