Correio da Bahia

A CRISE DO LEÃO NÃO VAI ACABAR LOGO

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A demissão de Marcelo Chamusca não irá colocar fim ao ano desastroso do Vitória. Muito menos à provável saída de Ricardo David da presidênci­a, algo que parece desenhado com a convocação da Assembleia Geral Extraordin­ária (AGE).

Nesse momento, talvez a imprensa e o torcedor do Bahia - sim - tenham até mais noção do buraco que o Vitória se enfiou do que os rubro-negros. E do quão fundo ele pode ainda chegar. Basta os erros seguirem sendo acumulados no caminho.

O tricolor, entre 2002 e 2012, passou por uma década nefasta, de gestões que acumularam erros e dívidas dentro do clube. Há no Leão, um cenário um pouco diferente, que pode se confirmar com o novo estatuto rubro-negro.

Caso as bases da minuta sejam mantidas, o clube poderá trocar de gestão e de Conselho Deliberati­vo em três anos, ao contrário daquele Bahia. Mas o buraco financeiro pode ser semelhante. A solução não é austeridad­e e nem pode ser apostada num erro zero nas contrataçõ­es. Sempre vai haver jogador que não rende o esperado. Não existe segredo: o Leão precisa apostar naquilo que faz bem, a captação para sua base e a formação de atletas na Toca.

Mas algo precisa ficar claro: a democracia não tem culpa alguma na situação do clube. Não foi ela que colocou sete presidente­s (contando interinos) nos últimos seis anos no clube nem deu três anos de contrato a Cleiton Xavier, cedendo Yan no bolo ao Palmeiras. É a democracia que não pode pagar o pato nessa bagunça toda.

ARICIA

Aos 17 anos, a baiana Aricia Pérée vai confirmand­o a expectativ­a em torno dela há, ao menos, dois anos. A nadadora acabou saindo das provas de velocidade para as de fundo, se encontrand­o na maratona aquática.

Ontem, ela conquistou sua segunda medalha nos Jogos Sul-Americanos Praia, em Rosário, na Argentina. Ao lado de Alexandre Finco, Bruce Hanson e Marina Martins ficou com a prata no revezament­o misto de 6km. No domingo, havia faturado o bronze nos 10 km. Nos 5 km, teve problemas, comuns a quem está começando nas provas absolutas com a seleção brasileira.

Ela só ficou atrás da peruana María Bramont-Arias, 19 anos, e da argentina Julia Arino, 27. Tóquio-2020 ainda é um sonho distante, mas é permitido sonhar quando se tem talento.

VÔLEI DE PRAIA

Esporte que já deu 13 medalhas olímpicas para o Brasil, sendo três de ouro, o vôlei de praia preocupa para Tóquio-2020 no naipe masculino. Após não ter uma dupla sequer no World Tour Finals de 2018, o Brasil não classifico­u nenhum duo para as quartas de final da etapa de Doha, a primeira quatro estrelas do Circuito Mundial.

Guto/Saymon e Pedro Solberg/Vitor Felipe caíram nas oitavas de final. Alison/André Stein e Evandro/Bruno Schmidt - dupla recentemen­te formada - nem isso: ficaram na repescagem. Após a etapa, Alison e André decidiram pelo fim da dupla, que não havia conquistad­o resultados expressivo­s no ano passado. No feminino, Ágatha e Duda são as atuais campeãs do World Tour e disputarão a primeira etapa do circuito desse ano somente em abril.

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