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O Vitória anunciou ontem a demissão do técnico Marcelo Chamusca após 102 dias ou pouco mais de três meses desde que o treinador foi contratado pelo clube. A gota d’água foi a derrota por 2x0 para o Fluminense de Feira, anteontem, que eliminou o clube na fase de grupos do Campeonato Baiano.
Segundo o comunicado oficial do clube, o auxiliar e ex-jogador Flávio Tanajura assumirá interinamente o comando da equipe. O Vitória informou que vai em busca de um novo técnico.
O time sob comando de Chamusca acumulou dois vexames. Primeiro, a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o Moto Club, ao ser derrotado por 2x0, em São Luís. Também saiu do estadual depois de não conseguir ficar entre os quatro melhores colocados da primeira fase. O Leão dependia apenas de si no duelo com o Touro do Sertão.
Com Chamusca, o time venceu apenas três partidas em 14 jogos, com sete empates e quatro derrotas. O Vitória não ganha há nove partidas - o último triunfo foi há mais de um mês, 4x0 sobre o Jequié, rebaixado no Campeonato Baiano.
Chamusca também deixa o clube numa situação difícil na Copa do Nordeste, única competição que restou ao time antes da Série B. O time sequer conseguiu vencer uma partida em seis rodadas: são cinco empates e uma derrota. A equipe está em quinto lugar e enfrenta o ABC fora de casa no próximo sábado, às 16h.
Ao ser rebaixado para a Série B, o Leão enxergou em Marcelo Chamusca uma oportunidade de se reconstruir dentro de campo. Soteropolitano, o treinador de 52 anos casava perfeitamente com um perfil de “DNA identificado com o clube” que a diretoria procurava.
Além disso, ele é um especialista em acessos. Além de subir o Ceará na Série B de 2017, anteriormente Chamusca já tinha subido o Guarani para a Série B, em 2016, e o Salgueiro-PE para a Série C, em 2013.
As crises política e financeira que o clube enfrenta contribuíram para que os resultados dentro de campo não viessem. Apesar do Vitória contratar dez jogadores, ninguém se destacou em campo.