Correio da Bahia

‘Não me Perturbe’ já tem quase 1 milhão de cadastros

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TELEMARKET­ING O site Não me Perturbe (www.naomepertu­rbe.com.br) registrou, até as 22h de ontem, 845 mil pessoas cadastrada­s. A plataforma, que entrou no ar ontem, é das operadoras de telecomuni­cações e atende a uma determinaç­ão da Agência Nacional de Telecomuni­cações (Anatel).

O site é um canal no qual podem se cadastrar pessoas que não desejam mais receber chamadas de telemarket­ing de serviços de telefonia, dados e de TV paga.

O balanço preliminar foi divulgado pela Anatel em reunião com representa­ntes das companhias do setor e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicaçõ­es (MCTIC), ontem. As pessoas que não desejarem receber esse tipo de chamada podem incluir seu nome no site, no ar desde o início de ontem. A lista vai ser única e atingirá as principais empresas do setor: Algar, Claro/Net, Nextel, Oi, Sercomtel, Sky, TIM e Vivo.

Segundo a Anatel, se uma pessoa solicitar a sua inclusão na lista do Não me Perturbe e continuar recebendo ligações de oferta de bens e serviços de telecomuni­cações, pode ligar para o número 1331 e fazer uma reclamação. As sanções podem variar de advertênci­a à multa de até R$ 50 milhões.

“Ainda que o problema seja bastante complexo e estejamos em busca de solução definitiva, o cadastro é um primeiro passo para resguardar os direitos dos consumidor­es de não receber chamadas indesejada­s para ofertas de serviços de telecomuni­cações. É uma ferramenta necessária, já que estávamos observando um cresciment­o acentuado desse tipo de prática”, afirma o presidente da Anatel, Leonardo de Morais.

Além de propor solução ao setor regulado pela Agência com a ferramenta do “não me perturbe”, a Anatel decidiu acelerar a mudança das regras sobre ligações de telemarket­ing no Regulament­o Geral de Direitos do Consumidor de Telecomuni­cações (RGC). O Conselho Diretor da Agência determinou que os temas relativos a telemarket­ing sejam tratados prioritari­amente, ainda antes da revisão do RGC, prevista na Agenda Regulatóri­a, com consulta pública programada para o segundo semestre deste ano.

R$ 50 milhões é o valor da multa que pode ser aplicada às empresas de telecomuni­cações

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