‘Se Deus quiser, será embaixador’, afirma Bolsonaro sobre filho
INDICAÇÃO POLÊMICA O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que quer que um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), assuma a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Durante a posse do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, Bolsonaro afirmou que, “se Deus quiser”, Eduardo vai ser embaixador “na maior potência do mundo”. Caso Bolsonaro formalize a indicação, ela terá que ser validada pela Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Após a sinalização de que poderia virar embaixador, Eduardo citou que, além de ser presidente da Comissão de Relações Exteriores na Câmara, possui “vivência pelo mundo”. “Já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos Estados Unidos, no frio do Maine”, declarou. Após o evento de ontem, Bolsonaro disse que o filho já tem vontade de morar nos Estados Unidos “há muito tempo”, mas que pediu para que ele ficasse no Brasil. Também comentou que.
“Já era para ele estar nos Estados Unidos há muito tempo. Por um apelo meu lá atrás, passou no concurso da Polícia Federal e decidiu ficar aqui. Agora está tendo uma chance de voltar, não por ele, mas dado ao (relacionamento) que temos com o presidente americano (Donald Trump) e por sua bagagem cultural que tem lá de trás”, defendeu Bolsonaro.
Ao reafirmar a intenção de indicar Eduardo para a embaixada, o presidente destacou, contudo, que há ainda um grande caminho pela frente. “Ou vocês queriam que eu indicasse o meu filho para a Venezuela, Cuba, Coreia do Norte?”, questionou.
De acordo com ele, faltam resolver questões legais para que a indicação seja formalizada. "Tem um caminho grande pela frente. Há um termo técnico com os Estados Unidos para ver se eles têm algo contra, tem que falar com o Parlamento”, afirmou. Bolsonaro disse que não deve haver desgaste com o Senado e contou já ter conversou sobre o tema com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Se Eduardo for indicado, os senadores terão que aprovar a sua ida para o comando da representação diplomática nos EUA. Segundo Bolsonaro, Alcolumbre lhe disse que ainda não conversou com os parlamentares. “O Senado vai sabatiná-lo e vai decidir. Ponto final. Se aprovado, vai. Se não, fica na Câmara. Lógico que se corre um risco”, disse .
Bolsonaro ressaltou ainda que o deputado tem experiência com palestras em outros países, nas quais teve que falar outros idiomas, e com a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. “É uma pessoa que está muito qualificada, o que é importante”, disse.