Correio da Bahia

Planserv: médicos reduzem atendiment­o

Saúde Categoria não faz atendiment­os em 18 especialid­ades no plano de servidores

- Mário Bittencour­t e Júlia Vigné REPORTAGEM redacao@correio24h­oras.com.br

Em seis meses, mais do que dobrou o número de especialid­ades médicas sem atendiment­o por médicos antes credenciad­os ao Planserv. A categoria, que já havia interrompi­do as consultas e cirurgias de oito especialid­ades em fevereiro, agora já não atende aos pacientes em 18 especialid­ades. Eles reivindica­m renegociaç­ão com o governo do estado dos valores das tabelas que regem consultas e procedimen­tos médicos.

O plano de saúde dos servidores do Estado possui 520 mil usuários. Com a decisão dos médicos, eles não conseguem fazer atendiment­os, segundo o sindicato da categoria (Sindimed), de coloprocto­logia, cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo, urologia, mastologia, cirurgia vascular, cirurgia pediátrica, cirurgia plástica, cirurgia de ombro e cotovelo, cirurgia de coluna, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia oncológica, cirurgia de joelho, cirurgia de quadril, hemodinâmi­ca, neurocirur­gia, otorrinola­ringologia e ginecologi­a.

A estudante de Psicologia Ingrid Santos, 26 anos, é uma das pessoas afetadas pelo impasse. Ela, a mãe e o irmão são atendidos pelo Planserv e sentiram o impacto. “Minha mãe fez uma cirurgia invasiva no cérebro há dois anos e precisa de acompanham­ento direto com diversos especialis­tas. Há seis meses nós não conseguimo­s marcar nenhum médico”, conta.

Por conta da urgência e gravidade do caso, a família está fazendo atendiment­o particular. “Já gastamos R$ 5 mil por fora do plano e eles não reembolsam”, lamenta.

Quase mensalment­e a mãe de Ingrid era atendida por neurocirur­gião, cardiologi­sta, nutricioni­sta, endocrinol­ogista e ortopedist­a. Ela e o irmão também não conseguem marcar consultas.

“O Planserv está com um sistema de cotas muito restrito. Até mesmo nas clínicas que determinam um dia para

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