Dinheiro para as federais
Programa do MEC visa aportar R$ 102,6 bi nas universidades
O Ministério da Educação anunciou, ontem, um plano que prevê um aporte de R$ 102,6 bilhões para as universidades federais, sendo menos da metade desse recurso (R$ 50 bilhões) vindos do orçamento público. A principal aposta do programa, batizado de ‘Future-se’, é a formação de um ‘funding’ (fundo de financiamento) que envolverá o patrimônio da União, fundos constitucionais, leis de incentivos fiscais, recursos de cultura (Lei Rouanet) e da iniciativa privada, além de fundo de investimento imobiliário.
O recurso para o programa virá de quatro fontes, segundo o MEC. Com um modelo baseado em uma série de dispositivos do mercado financeiro, a “carteira de ações” para o plano inclui R$ 50 bilhões de um fundo de patrimônio imobiliário (a União concedeu lotes e imóveis ao ministério para que sejam cedidos à iniciativa privada e o recurso adquirido, convertido ao fundo), R$ 33 bilhões de fundos constitucionais, R$ 17,7 bilhões de leis de incentivos fiscais e depósitos à vista, R$ 1,2 bilhão de recursos da Cultura e R$ 700 milhões do uso do espaço público.
O programa foi apresentado pelo secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, e também pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. O anúncio ocorre em meio ao contingenciamento de verbas das universidades federais, que começam a ter dificuldades para pagar até mesmo contas como as de luz.
Com um vídeo com efeitos