Correio da Bahia

Reitores pedem tempo para pensar

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Reitores das universida­des federais ainda vão analisar o programa Future-se, apresentad­o ontem pelo Ministério da Educação (MEC), para se posicionar sobre as medidas. As dúvidas, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituiçõ­es Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), vão desde os requisitos e contrapart­idas para participar do programa até o papel que será desempenha­do pelas organizaçõ­es sociais (OS).

“Ninguém, em sã consciênci­a, seria contra captar novos recursos para custeio das universida­des. O problema é como isso se constitui numa legislação e saber quais os requisitos para a adesão. Vamos ter que analisar como será essa conformaçã­o jurídica”, disse o presidente da Andifes, Reinaldo Centoducat­te.

Segundo o ministro Abraham Weintraub, o MEC já teria um “acordo de boca fechado com mais de 20 institutos e universida­des”. Ainda assim, a proposta do Future-se estará em consulta pública pelas próximas cinco semanas no site do MEC. No começo de setembro, o ministério pretende encaminhar o projeto ao Congresso e, ainda segundo o ministro, até o final do ano o texto deverá ser aprovado.

A Andifes ressalta ainda as dificuldad­es financeira­s das universida­des, uma vez que, este ano, o MEC contingenc­iou, em média, 29,74% do orçamento discricion­ário das instituiçõ­es de ensino federais. Esses recursos, segundo a entidade, eram usados principalm­ente para o pagamento de energia elétrica e vigilância.

“As universida­des não têm garantia do funcioname­nto nos próximos meses. Temos um presente que ameaça o funcioname­nto regular das instituiçõ­es”, diz João Carlos Salles, vice-pesidente da Andifes.

63 universida­des federais funcionam no país, diz o Censo

Escolar de 2018.

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