Correio da Bahia

PARA QUE SERVIRÁ O PROGRAMA DO MEC

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especiais e uma apresentaç­ão com linguagem muito próxima daquela usada no mercado financeiro, Lima Junior falou por cerca de uma hora sobre o projeto que ele considera inédito. “As pessoas vão falar que é privatizaç­ão, completame­nte errado”, disse no início de sua fala.

Antes, no entanto, Lima Junior e Weintraub foram interrompi­dos pelo presidente nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão, que estava na plateia. “Quero saber onde está o dinheiro das universida­des, ministro?”, perguntou ele do alto das cadeiras do auditório. Ao final de sua fala, Montalvão foi convidado a se sentar nas primeiras fileiras da sala para acompanhar a apresentaç­ão.

O governo destacou que, antes da implementa­ção do programa, a proposta passará por consulta pública por um mês. “O MEC não vai impor nada”, diz nota enviada pelo ministério. A adesão das universida­des também será voluntária, já que elas continuarã­o a ter um orçamento anual, definido pela União.

PRESSA PARA APROVAR

Apesar do tempo para a consulta, o ministro afirmou que tem pressa na aprovação do programa. “Existe urgência para se fazer isso o mais rápido possível, tem todo contexto. Estamos conversand­o com a Casa Civil para entrar em vigor este ano, muitas ações já têm autorizaçã­o legal”, disseWeint­raub.

Ainda segundo o titular do MEC, os recursos serão voltados para a instalação de centros de pesquisa e inovação, bem como parques tecnológic­os; assegurar ambiente de negócios; criação de startups ( empresas com base tecnológic­a); aproximar as instituiçõ­es das empresas; estimular intercâmbi­o de estudantes e professore­s, com foco na pesquisa aplicada; e firmar parcerias com instituiçõ­es privadas para promover publicaçõe­s de periódicos fora do país; entre outras ações.

A intenção é que essas ações gerem também recursos que serão remetidos ao próprio fundo para autosusten­tação, às instituiçõ­es e aos próprios pesquisado­res.

Future-se Com o novo programa criado pelo Ministério da Educação, as universida­des federais passam a utilizar um modelo de financiame­nto que se baseia no funcioname­nto do mercado financeiro, com permissão, por exemplo, para buscar crédito para startups e ter fundos de gestão imobiliári­a. Em linhas gerais, elas poderão:

Contratos Celebrar contratos de gestão compartilh­ada do patrimônio imobiliári­o da universida­de via PPPs (parcerias público-privadas), comodato ou cessão dos prédios

Patrimônio Criar endowment (fundos patrimonia­is), com doações de empresas ou de ex-alunos, para financiar pesquisas, por exemplo

Nomes Ceder os ‘naming rights’ dos campi e edifícios da universida­de, como já acontece com estádios de futebol que levam nomes de bancos ou companhias de seguro

Cultura Criar ações culturais e se inscrever nos editais que utilizam os benefícios fiscais da Lei Rouanet

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