Correio da Bahia

Tem que ser agora

Vitória Goiás de 2018 serve de espelho para Leão iniciar arrancada na Série B, hoje

- Vitor Villar REPORTAGEM @vitorvilla­r

O Vitória tem bem em quem se espelhar para ainda alcançar o acesso à Série A nesta temporada. Uma reação tão grande como essa, do Z4 ao G4, não seria algo inédito na história da competição. Pelo contrário, aconteceu há pouquíssim­o tempo.

Hoje, às 21h30, no Barradão, o rubro-negro tem mais um desafio em busca da metamorfos­e. Recebe o Criciúma pela 10ª rodada da Série B. O Leão é o lanterna, com apenas quatro pontos.

Diante dessa campanha, o Goiás é o espelho ideal para o Vitória. Na Série B do ano passado, o time largou com uma vitória, dois empates e seis derrotas nos nove primeiros jogos. Ou seja, a essa altura tinha cinco pontos, um a mais que o rubro-negro.

Daí vem a questão-chave para o rubro-negro. A reação do Goiás em 2018 rumo ao acesso começou justamente na 10ª rodada, a mesma em que o Vitória enfrenta o Criciúma.

No ano passado, o Goiás bateu o Paysandu na 10ª rodada por 2x1, em Goiânia. O técnico era Ney Franco. O atacante Felipe Garcia, hoje no Leão, esteve em campo.

Outro detalhe importante se o Leão quiser se espelhar no Goiás: após o resultado sobre o Paysandu, o time engrenou uma sequência de mais seis jogos sem derrota. Da 10ª à 16ª rodada, conseguiu seis triunfos e um empate.

Com a sequência citada, o time goiano subiu de 19º lugar na 9ª rodada para 8º na 16ª.

Mais um detalhe: o caso do Goiás foi único na história da Série B desde a implantaçã­o dos pontos corridos, em 2006. Outra reação marcante foi a do Santa Cruz, em 2015, após ter somado nove pontos nos nove primeiros jogos e terminar com o acesso.

CHEGOU A HORA

O problema para o rubro-negro tem sido justamente esse: ganhar. Em seis meses, foram apenas quatro vitórias. O retrospect­o de 2019 até o momento é de quatro triunfos, 12 empates e 12 derrotas. Aproveitam­ento de 28,5%.

O técnico Osmar Loss, por exemplo, ainda não ganhou no comando do clube. Ele tem um empate e quatro derrotas, exatamente nesta ordem.

Mas, em meio a essas informaçõe­s, existem também motivos para botar fé. Além de Felipe Garcia, já citado, outro atleta atualmente na Toca do Leão passou pela experiênci­a da metamorfos­e no ano passado com o Goiás: o meia Felipe Gedoz.

O reforço, que chegou ao Vitória no dia 17 de maio, esteve em campo na citada sequência de sete jogos sem perder que tirou o Goiás do Z4 e o colocou em definitivo na briga pelo acesso. Ele fez 18 jogos na Série B do ano passado, sendo 12 como titular, e marcou quatro gols.

“Da minha parte, lembro do exemplo que tive com o Goiás no ano passado. Em nove jogos, perdemos oito (na verdade foram seis) e empatamos um. E logo depois veio uma fase em que a gente não perdia mais”, lembra Gedoz.

O meia diz que tenta passar o aprendizad­o dessa experiênci­a para o restante do time: “Com certeza. Não passa somente para nosso elenco, mas para o torcedor também. Temos um elenco com capacidade. Quando a fase é ruim, péssima desse jeito, temos que ter inteligênc­ia e saber jogar. Serão muitos jogos com o adversário fechado, tem que saber lidar”.

Uma das principais contrataçõ­es do Leão para a Série B, o meia só jogou como titular na derrota para o Cuiabá por 1x0, no Barradão. Antes, saiu do banco nas partidas contra Sport e Oeste.

O meia acabou beneficiad­o pela pausa da Série B para a Copa América, quando o Vitória intensific­ou os treinos físicos. Ele admite que chegou à Toca acima do peso: “Perdi até agora quase oito quilos. Isso é com minha dedicação. Estou feliz, satisfeito, com vontade. Batalhei, sofri, mas estou aí”.

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EC VITÓRIA/ DIVULGAÇÃO Técnico Osmar Loss ainda busca o primeiro triunfo pelo rubro-negro

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