HORAS DE TENSÃO
Um grupo de cinco criminosos armados invadiu uma casa no final de linha do bairro da Santa Cruz, no Nordeste de Amaralina, em Salvador, por volta das 16h de ontem. Três pessoas de uma família foram feitas refém: um idoso, o filho e o neto dele, de 8 anos.
De acordo com a Polícia Militar, uma viatura da 40ª Companhia Independente (CIPM/ Nordeste de Amaralina) fazia rondas pela região do Largo do Areal quando encontrou os homens armados. Houve troca de tiros, e os criminosos desceram uma escada que dá acesso a alguns becos no fim de linha do bairro.
Quando chegaram na Rua Professor Luís Pinto, os bandidos invadiram um imóvel, que estava com a porta aberta, e fizeram os reféns. As vítimas foram levadas até o andar superior da casa - e a troca de tiros com a polícia continuou. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), durante o confronto, um PM foi ferido na
Eles informaram que tinham feito reféns e, então, iniciamos o cerco e seguimos o protocolo de gerenciamento de crise. Populares trouxeram um celular e ligamos para o telefone de uma das vítimas. Eles estavam muito nervosos Capitão Bonfim Da 40ª CIPM
perna, socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE) e não corre risco de morte.
Para ajudar nas negociações, os policiais acionaram as Rondas Especiais (Rondesp) Esquadrão Águia e o Batalhão de Operações Especiais (Bope), além de levar familiares dos criminosos para convencê-los a se entregar. Após duas horas, eles se renderam e foram algemados dentro do imóvel.
O capitão Bonfim, da 40ª CIPM, foi quem começou a negociação. Ele contou que o primeiro contato com os bandidos foi por telefone. “Eles informaram que tinham feito reféns e, então, iniciamos o cerco e seguimos o protocolo de gerenciamento de crise. Populares trouxeram um celular e ligamos para o telefone de uma das vítimas, para poder falar com os sequestradores. Eles estavam muito nervosos”, afirmou.
Emocionado, o menino de 8 anos foi o primeiro a ser liberado. Ele ficou aos cuidados de um dos policiais até a situação terminar. Um dos criminosos saiu mancando depois da operação, mas disse para a polícia que se machucou durante a fuga.
O comandante da Rondesp Atlântico, major Edmundo Assemany, contou que o histórico dos presos ainda será levantado. “A princípio, nenhum deles participou das outras ocorrências com reféns no bairro, mas a gente ainda vai qualificá-los na delegacia para saber se eles têm alguma participação em alguma ocorrência dessa natureza.”
A única exigência do grupo, segundo a polícia, foi a presença da imprensa. Os reféns não se machucaram na ação, e os presos também não foram feridos. Já algemados, os homens foram encaminhados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba. Com eles, os policiais encontraram três pistolas e um revólver.
Os moradores acompanharam atentos a negociação.
A princípio, nenhum deles participou das outras ocorrências com reféns no bairro, mas a gente ainda vai qualificá-los na delegacia Major Edmundo Assemany Comandante das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico