Protestos no Chile deixam 11 mortes e voos suspensos
AUMENTO DO METRÔ Uma onda de protestos por conta do aumento da passagem do metrô resultou na morte de 11 pessoas, no Chile, no final de semana. O número foi confirmado ontem pela prefeita da região metropolitana de Santiago, Karla Rubiar. A polícia chilena informou que 819 pessoas foram presas anteontem e que 67 policiais ficaram feridos. Desde o início dos confrontos, 1.400 pessoas já foram detidas.
Ontem, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, descreveu a situação como uma guerra. “Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, que está disposto a usar a violência sem nenhum limite. Eles estão em guerra contra todos os chilenos que querem viver em democracia", afirmou.
Os protestos começaram na quinta-feira, 17, após o aumento do metrô. Mesmo após Piñera revogar o aumento, os atos continuaram. Os manifestantes reclamam da desigualdade social, dos preços de serviços de saúde e educação e dos salários.
As manifestações violentas levaram o governo a decretar toque de recolher. Santiago e outras 4 regiões proibiram o livre trânsito de pessoas entre às 19h e 6h da manhã. Não havia toque de recolher no Chile há mais de 30 anos, desde a ditadura de Augusto Pinochet.
Diversos incêndios e barricadas foram registrados e lojas e supermercados, invadidos e depredados. Com a situação, as companhias aéreas estão cancelando voos com origem ou destino no aeroporto de Santiago. A Latam Airlines cancelou 124 voos e reprogramou quatro.
A chilena low cost Sky Airline, que estreou no Brasil no ano passado, cancelou dois voos entre o Rio e Santiago e, de acordo com seu site, dois voos entre a capital chilena e São Paulo tiveram alteração nos horários. Já a Gol informou que, devido às greves chilenas, alguns de seus voos podem sofrer alterações nos horários de embarque e desembarque.