Correio da Bahia

Método de desastre aéreo busca por origem do petróleo

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Pesquisado­res da Universida­de de Miami e da agência americana de Administra­ção Nacional Oceânica e Atmosféric­a dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) apresentar­am um método para identifica­r a origem do petróleo nas praias do Nordeste. Segundo a Folha, o método em questão foi utilizado para rastrear os destroços do avião da Malaysia Airlines no oceano Índico, em 2014.

O oceanógraf­o brasileiro, Marlos Goes, que integra a equipe, disponibil­izou os resultados preliminar­es do estudo à Folha. O recurso é baseado no uso de “derivadore­s oceânicos”, que são boias um pouco maiores que uma bola de basquete com um arrasto de 15 metros de profundida­de e que são arrastadas pelas correntes marinhas.

Existem milhares desses derivadore­s espalhados pelos oceanos coletando dados sobre pressão atmosféric­a, temperatur­a e localizaçã­o. Os dados coletados são enviados em tempo real para o Noaa via satélite. Através desses dados, os pesquisado­res fizeram um modelo estatístic­o no qual vários cenários foram levados em conta e o resultado apontou para a probabilid­ade da origem do óleo em diversas áreas, e não um único ponto.

Um dos cenários considera que o petróleo começou a ser derramado a cerca de 2 meses antes das primeiras manchas aparecerem nas praias. Nesse caso, é mais provável que o vazamento tenha ocorrido distante do litoral. Outro cenário considera que o derramamen­to tenha sido mais recente, cerca de duas semanas antes das primeiras manchas aparecerem. Nesse caso, o mais provável é que o ponto de origem seja próximo à costa.

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